A construção civil é responsável por 54% dos resíduos globais, de acordo com levantamento realizado pela Ellen Macarthur FoundationFreepik

As construtoras têm se esforçado cada vez mais para o descarte correto de seus resíduos nos canteiros para evitar prejudicar ainda mais o meio ambiente. Algumas empresas adotam medidas que ajudam também a população com o novo destino dado a esses materiais. A construtora e incorporadora RNI, do grupo Empresas Rodobens, por exemplo, realiza o Programa de Gerenciamento de Resíduos de Construção Civil (PGRCC), voltado à gestão sustentável de todos os seus insumos gerados nas obras.
Com a iniciativa, a construtora deu um segundo destino a mais de 900 toneladas de insumos produzidos em suas obras que estão em andamento e também beneficiou mais de 1.200 famílias por meio de parceria com mais de 30 cooperativas de reciclagem em todo o Brasil. Vale lembrar que os principais resíduos reutilizáveis nos empreendimentos são: plástico, papel, papelão, aço, restos de materiais, além de entulhos gerados durante a obra. Todos eles passam por uma triagem e são colocados em espaços reservados separados, similar a pequenas baias, para que as respectivas cooperativas da região possam fazer a coleta e dar uma segunda 'vida' aos materiais. “A sustentabilidade é uma diretriz em nossos projetos e a responsabilidade é compartilhada entre todos da cadeia”, conta Carlos Bianconi, CEO da construtora. Outra iniciativa importante da empresa é adquirir materiais que tenham certificação e procedência.
Ações como esta são fundamentais, pois estima-se que a construção civil seja responsável por 54% dos resíduos globais, de acordo com um levantamento realizado pela Ellen Macarthur Foundation. Para se ter ideia da grandiosidade do setor, dados da Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias) apontam que o segmento representa 7% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro e é um dos pilares de crescimento econômico e geração de empregos no país.