'Me dou 8,8 que é o que mostra a pesquisa', dispara prefeita de Araruama
Em entrevista nesta quarta-feira (29), Lívia Bello comentou sobre a polêmica do abono Fundeb, que causou atrito entre ela e os servidores da educação. Contou também dos projetos previstos para 2022 e saiu pela tangente ao ser confrontada sobre a contraposição ao presidente
Sem papas na língua e sem fugir de pergunta nenhuma, Lívia Bello (PP), prefeita de Araruama, na Região dos Lagos, foi a última entrevistada da rodada feita pelo O Dia com prefeitos da Região dos Lagos nesta quarta-feira (29). A audiência foi explosiva, com picos de 312 espectadores online.
Lívia comentou sobre a polêmica que foi formada entre ela e os servidores da educação, falou dos projetos previstos para 2022 e saiu pela tangente ao ser confrontada sobre a contraposição ao presidente.
Sobre a falta do abono tecnológico, tão pleiteada pela categoria da educação, Lívia disse que não houve sobra do Fundeb, portanto “não há o que discutir”.
A prefeita relembrou que existe um percentual mínima para gastos do Fundeb e disse que os municípios que pagam o abono estão “desesperados” para tentar atingir a obrigação.
“Não tenho culpa de ter feito os investimentos necessários e dos outros prefeitos não terem feito o dever de casa”, disparou Lívia.
A prefeita disse que o município teve R$26 milhões de déficit para pagar a folha dos funcionários em 2020 e R$15 milhões em 2021, ainda sem contar a folha de dezembro.
Lívia ainda destacou avanços na educação e um aumento de 57% no salarios nos primeiros três anos de gestão.
Ela também citou o auxilio alimentação dado a categoria. Após isso, servidores contestaram a prefeita por conta do desconto no salário feito para pagar o auxilio.
“Eu apenas cumpri a lei. Se eles são da educação e sabem ler, eles vão ver lá e entender”, disparou a prefeita, sem papas na língua.
Durante a live, diversos internautas disseram que Araruama estava no caminho certo. Para Lívia, o que faz com que alguns tenham essa consideração são as obras de drenagem, asfaltamento e escolas, por exemplo, por toda a cidade.
Além disso, a prefeita citou um “salto muito importante, inclusive na economia”, através de projetos como a Casa Reforço Escolar, que tem geração de trabalho e renda. E a abertura de cerca de 470 empresas só neste ano.
Lívia também destacou a segurança pública, relembrou o convênio CPROEIS e a aquisição de dez motos 0km e um carro blindado para a Guarda Municipal.
Para 2022, a prefeita prevê uma série de inaugurações para o aniversário da cidade (6 de fevereiro), já a partir de janeiro. Uma delas será a Escola Bilingue de tempo integral com orientação militar, do 6º ao 9º ano, que deve ser entregue no dia 6 de fevereiro.
No ano que vem, estão na pauta ainda projetos para Praia Seca. A prefeita afirmou que mandou projetos para o Estado, mas se eles não fizerem, o município vai fazer com recursos próprios.
A licitação deve ser publicada já em janeiro para obras de urbanização do Centro do Distrito e acessibilidade às praias, com previsão de inauguração para dezembro de 2022.
Além disso, tem a orla urbanizada, do Areal até Bananeiras, que já está em andamento, com previsão de entrega no ano que vem. Assim como a orla de Iguabinha, que só estava esperando a Águas de Juturnaíba para fazer um cinturão de esgoto.
No campo social, o projeto “Uma Nova Vida”, também em prática em 2022, prevê colocar moradores em situação de rua para morar em um espaço com oportunidade de se recuperar.
Lá, eles poderão trabalhar com agricultura, artesanato, e terão treinamento para vender tudo que eles produzem. A ideia é promover a autosustentação deles, com acompanhamento da assistência social. As obras, inclusive, já foram iniciadas.
Sobre eventos, no dia 23 de janeiro, será resgatada a corrida de São Sebastião. No mês seguinte, entre os dias 3 e 6, o município recebe a Copa Internacional de Kitesurfe.
Com relação ao desempenho durante a Pandemia, Lívia “sabonetou” ao ser questionada sobre a contraposição veemente que fez ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e disse que “não foi contra ninguém”, mas foi “a favor da ciência, da vida e da saúde”.
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