Vereador Roberto Jesus (MDB) à esquerda e comerciante Maguinho à direitaRedes sociais
A confusão começou por conta de uma conversa paralela entre o comerciante Carlos Magne Monteiro, o Maguinho, e um apoiador de Roberto Jesus. Maguinho disse que, se o tal apoiador não é a favor do jogo do bicho, ele está no lugar errado.
O vereador, que é pré-candidato a deputado estadual, entrou no grupo na sequência e questionou se era a ele que Maguinho se referia.
“Oh, jogador, eu não botei nome, mas você está se doendo. É você? Primeiro que você está se metendo em um assunto que você chegou depois. Mas se doeu, se a carapuça serviu, tá o dito aí“, disparou o comerciante.
“Você está acostumado a lidar com moleque. Você vai falar de novo, agora, que é meu nome, não é carapuça, não, meu irmão. Vai falar onde que você está e eu vou te achar onde você estiver e vou te levar para delegacia preso agora. Tu vai provar, irmão. Tá achando que é moleque?“, disse Jesus, exaltado, em resposta ao comerciante no grupo.
Maguinho disse, então, que não era necessário achá-lo, porque ele estava trabalhando no quiosque de bebidas e comida dele, na Praça de São Pedro da Aldeia.
Roberto Jesus, então, foi até ele e chamou a viatura. Os dois entraram no veículo policial e foram para a 125ª DP, em São Pedro da Aldeia, onde o caso foi registrado.
Vereador e comerciante foram ouvidos e liberados na sequência.
O que dizem os citados
O comerciante também questionou a velocidade com que Jesus conseguiu uma viatura para o caso, visto a dificuldade encontrada por cidadãos no dia-a-dia.
Maguinho disse também que iria no 25º BPM nesta sexta-feira (29) registrar caso de abuso de autoridade do policial reformado na ocasião.
O vereador Roberto de Jesus também foi procurado pela reportagem e deu sua versão dos fatos.
“Acusaram um apoiador que seu pré-candidato teria envolvimento com contravenção penal, ao ser informado sobre o fato perguntei de quem o rapaz que estava acusando se tratava, já que o apoiador já tinha se manifestado publicamente o apoio à minha pré candidatura. O mesmo rapaz que estava acusando disse que se a carapuça serviu ele tinha o dito. Dessa forma eu perguntei onde ele se encontrava, e que ele pudesse provar falsa acusação“, disse Jesus.
“O acusador disse onde se encontrava e que estaria me aguardando. Ao chegar no local acionei uma viatura através do 190, relatei o ocorrido e os policiais então nos conduziram até a delegacia para apreciação do delegado de polícia. Em nenhum momento mandei a viatura levar ninguém, foi somente comunicado aos policiais os fatos e através disso foi decidido que as partes seria conduzida a DP“, continuou.
“Então fomos eu e o rapaz que fazia a acusação caluniosa na mesma viatura até a 125⁰ DP, onde foi feito o registro. Na viatura o rapaz disse que política é assim mesmo, só que tenho meu caráter independente de profissão, e qualquer pessoa que seja que levantar acusações sobre minha pessoa terá que provar. Para isso, serve a justiça e nossas leis“, finalizou o vereador.
Perguntamos a Jesus também sobre a insinuação de que ele teria ligação com o jogo do bicho.
“Nunca ouvi falar nessa história na cidade. Não confirmo essa história e fiz questão de levar para a delegacia e também vou levar ao conhecimento do judiciário através de uma ação já na semana que vem“, respondeu Roberto Jesus.
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