Visita da Polícia Federal em BúziosDivulgação/ ASCOM

PF EM BÚZIOS

Quem conhece a política da Região dos Lagos sabe que são poucas as coisas que deixam a oposição de um município mais eriçada do que uma visita da Polícia Federal. Os agentes da PF estiveram, pelo segundo dia consecutivo, em Búzios nesta quarta-feira (24). Na operação de terça (23), o foco era de investigações sobre tráfico internacional de pessoas. Desta vez, a passagem dos agentes foi para cumprimento de mandados de busca e apreensão no curso de um processo que apura irregularidades em contratos firmados na área da saúde em 2020. O prefeito, Alexandre Martins (REP), fez questão de esclarecer que nenhuma repartição pública foi alvo da ação. Afinal, em 2020, era outra a gestão municipal. O secretário de Saúde, Leônidas Heringer, também veio a público para dizer que, por conta da cidade ter muitos empresários, provavelmente, os mandados devem ter sido cumpridos nas casas deles.
Prefeito Alexandre Martins (REP) - Arquivo pessoal
Prefeito Alexandre Martins (REP)Arquivo pessoal

TRANSPARÊNCIA EM BÚZIOS

À coluna Política Costa do Sol, o prefeito buziano fez questão de destacar ainda que, sua gestão realiza licitações públicas para a área da saúde com transparência e transmissão ao vivo pelas redes sociais. Segundo ele, nos trâmites dos certames, já participaram 38 empresas, das quais 22 foram contempladas. Informações e vídeos estão disponíveis na internet para quem quiser acompanhar.
Operação da PF em Búzios - Reprodução/ redes sociais
Operação da PF em BúziosReprodução/ redes sociais

OPERAÇÃO FÁRMACO

A Polícia Federal, em ação conjunta com a Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou a operação desta quarta-feira (24) visando “desarticular organização criminosa voltada à prática de fraudes à licitações na área da saúde e lavagem de dinheiro”. Um dos alvos é o empresário Jorge Henrique Pires Paes, conhecido como Henrique dos Remédios. De acordo com as investigações, fez inúmeras doações em dinheiro para candidatos a cargos públicos, o que, segundo a polícia, pode indicar busca de apoio político para que suas empresas continuassem sendo contratadas pelos órgãos públicos beneficiados. A investigação teve início em 2020, a partir da identificação de indícios de que um empresário faria uso de empresas constituídas em nome de “laranjas” para celebrar contratos na área da saúde, em sua maioria na Baixada Fluminense, mediante fraude ao caráter competitivo dos certames, pagamento de vantagens indevidas a funcionários públicos e sobrepreço/superfaturamento em contratos. Identificou-se ainda que o investigado fez inúmeras doações em dinheiro para candidatos a cargos eletivos. Na ação, cerca de 60 policiais cumpriram 14 mandados em órgãos públicos, residências e empresas localizadas na região metropolitana do Rio de Janeiro, na Baixada Fluminense e Búzios.  Os envolvidos poderão responder por lavagem de dinheiro, organização criminosa e frustração de caráter competitivo de licitação.