Os policiais civis do Rio voltaram a questionar a afirmação do governo estadual de que já quitou os débitos referentes ao Regime Adicional de Serviço (RAS) da categoria. Ontem, o estado informou que essa dívida foi acertada em fevereiro.
"O governo alega que o RAS está quitado, mas os policiais civis afirmam que isso não corresponde à verdade. Ainda existem vários meses pendentes", disse o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio (Sindpol), Márcio Garcia.
Garcia afirmou ainda que esses débitos são de conhecimento do secretário de Segurança, general Richard Nunes: "O secretário tem ciência disso, e na reunião do Consperj (Conselho de Segurança Pública do Estado do Rio) disse que só voltaria com o programa quando houvesse a quitação integral dessa dívida".
O governo diz que em 9 de fevereiro depositou R$ 13.819.300,64 pendentes do RAS e R$ 8.456.325,57 restantes do Programa Estadual de Integração na Segurança (Proeis) das polícias Civil e Militar.
Retomada do RAS
Ao entregar, nesta quinta-feira, 256 viaturas à Polícia Militar, o governador Luiz Fernando Pezão anunciou a retomada do programa de horas extras, já a partir da próxima semana.
"Houve mudança na PM, e o novo comandante está analisando as áreas onde os policiais do RAS serão mais necessários. Os recursos já estão disponibilizados. Além disso, criamos o fundo constitucional de segurança (Fised), o primeiro do país, com recursos do pré-sal, que começaram a ser depositados agora em março", disse Pezão.