Votação da taxação de inativos ocorreu em meio a protestos das categorias do Município do Rio - Renan Olaz/ CMRJ
Votação da taxação de inativos ocorreu em meio a protestos das categorias do Município do RioRenan Olaz/ CMRJ
Por PALOMA SAVEDRA

Rio - A lei que estabelece a taxação de inativos da Prefeitura do Rio deverá ser publicada no Diário Oficial do município até o fim desta semana. A redação do projeto de autoria do governo e aprovado pela Câmara dos Vereadores será votada na próxima terça-feira na Casa. Em seguida, seguirá para a sanção do prefeito Marcelo Crivella.

A intenção do Executivo é acelerar a sanção da lei, pois, após a publicação, deve-se aguardar passarem 90 dias para a medida valer. E o município, mais precisamente o Fundo Especial de Previdência do Município do Rio de Janeiro (Funprevi), ainda pretende arrecadar algum valor este ano com os descontos previdenciários de aposentados e pensionistas.

A partir de 2019, a previsão de arrecadação, por ano, com a medida é de R$ 85 milhões. Para este ano, o incremento da receita é de pouco mais de R$ 30 milhões.

COMO SERÁ O DESCONTO

O desconto previdenciário vai pegar os aposentados e pensionistas que ganham acima de R$ 5.645,80, que é o teto do INSS. Os 11% serão aplicados sobre o valor que excede o teto.

Assim, a alíquota incidirá sobre a diferença entre os vencimentos do inativo e os R$ 5.645,80. Como exemplo, para a pessoa que ganha R$ 9 mil, os 11% serão aplicados sobre R$ 3.354,20, e o desconto previdenciário será de R$ 368,96.

Na mesma votação, a Casa aprovou uma emenda ao projeto de lei complementar que mantém o Tesouro Municipal como o pagador da contribuição patronal (de 22%) dos funcionários do Legislativo e do Tribunal de Contas do Município do Rio (TCM-RJ).

O primeiro texto enviado à Câmara não previa isso, e a mudança foi um dos acordos feitos entre os vereadores e o Poder Executivo, caso contrário, a medida nem seria levada ao plenário.

Servidores apresentam propostas

O Movimento Unificado dos Servidores Públicos do Município (Mudspm) questiona a taxação, e critica o governo por buscar o caminho que penaliza o funcionalismo. As categorias entregaram aos vereadores e ao Executivo um documento com 11 propostas para aumentar a receita.

A primeira pede a revisão de incentivos fiscais, como a redução na alíquota do ISS de 2% para 0,01% concedida a empresários de ônibus. A segunda é a cobrança da dívida ativa, ou seja, exigir pagamentos de devedores pessoas físicas e empresas dos débitos com a prefeitura. "A prefeitura sempre tratou de forma omissa a sonegação de grandes empresas como o Jockey Club. Já são R$ 900 milhões de ISS", informa o Mudspm em nota divulgada à imprensa.

Aproveitamento de imóveis do município e cobrança das patronais da Câmara e TCM-RJ são outros itens.

Em caso de duas matrículas, cobrança incidirá sobre uma
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Nas votações, em primeira (dia 20 de junho) e segunda discussões (26 de junho), o secretário da Casa Civil, Paulo Messina, ressaltou que a taxação será por matrícula e não por soma de salários. Assim, a medida não atingirá o aposentado que tem dois vínculos com o município e, na soma das matrículas, seus vencimentos ultrapassam R$ 5.645,80.
"A cobrança da alíquota não é por CPF e sim por matrícula, então muitos professores, mesmo tendo mais de uma matrícula, não serão descontados", afirmou Messina. Esse entendimento ficou mais claro com a inclusão de emenda ao projeto.
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Em geral, os servidores com mais de um vínculo são os da Secretaria Municipal de Saúde e os professores.
 
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Medidas propostas por servidores
O Movimento Unificado dos Servidores Públicos do Município (Mudspm) questiona a taxação, e critica o governo por buscar o caminho que penaliza o funcionalismo. As categorias entregaram aos vereadores e ao Executivo um documento com 11 propostas para aumentar a receita.
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A primeira pede a revisão de incentivos fiscais, como a redução na alíquota do ISS de 2% para 0,01% concedida a empresários de ônibus. A segunda é a cobrança da dívida ativa, ou seja, exigir pagamentos de devedores pessoas físicas e empresas dos débitos com a prefeitura. "A prefeitura sempre tratou de forma omissa a sonegação de grandes empresas como o Jockey Club. Já são R$ 900 milhões de ISS", informa o Mudspm em nota divulgada à imprensa.
Aproveitamento de imóveis do município e cobrança das patronais da Câmara e TCM-RJ são outros itens.
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