Rio - Os policiais civis do Rio vão ao Ministério Público Estadual (MPRJ) fazer uma representação contra o governo Pezão. O motivo é novamente a espera pela quitação integral do Regime Adicional de Serviço (RAS).
O estado depositou, ontem, o valor de R$ 3,575 milhões, prometendo pagar as dívidas referentes às horas extras de maio e de outros meses pendentes para a categoria. No entanto, segundo a coligação e o sindicato (Colpol e Sindpol) da classe, mais uma vez o débito não foi zerado com a categoria.
Devido à falta de informações sobre qual período foi pago e a reclamações pontuais de servidores que garantem não ter recebido o que lhes é devido, os representantes da classe dizem que não há mais como aguardar resposta da instituição.
A Coluna chegou a questionar, na quinta-feira, a Polícia Civil se o depósito iria liquidar os débitos de RAS, mas não obteve resposta. Em nota, a Colpol e o Sindpol afirmaram que "a inadimplência contumaz com as horas extras continua alta e sequer foi informado o período que efetivamente está sendo quitado".
Diretor da coligação, Marcio Garcia lamentou: "Falta respeito por quem sacrifica o convívio com a família para cumprir horas extras em defesa da sociedade e são obrigados a conviver com esse calote". Ele afirmou que a classe pedirá que o MPRJ apure "reiterados anúncios de pagamento do RAS sem explicar o que estão pagando e sem pagar tudo o que devem".
Concurso para a Polícia Civil
Em tempos de recuperação fiscal e de austeridade, o Estado do Rio conseguiu o aval do Conselho de Supervisão do regime para novos concursos para a Polícia Civil. Saiu ontem no DO a autorização do governador Pezão para abertura de 80 vagas, sendo 50 para o cargo de inspetor de polícia, 20 para perito legista, quatro para técnico de necropsia e seis para auxiliar de necropsia.
Críticas à medida
O Sindpol e a Colpol também questionaram o número de vagas criadas no concurso, que seria "equivalente ao efetivo ideal de apenas uma delegacia de grande porte da capital". "Nada vai adiantar frente a um déficit de mais de 14 mil policiais civis, conforme previsão legal", criticaram em nota. Os representantes compararam a medida com a chamada de mais de mil aprovados para a PM.
União tenta mais um bloqueio
Apesar do acordo de recuperação fiscal, que suspende o pagamento de dívidas do estado com a União, o Tesouro Nacional tentou, mais uma vez, bloquear as contas fluminenses. A Procuradoria Geral do Estado (PGE-RJ) foi novamente ao Supremo Tribunal Federal (STF) e conseguiu evitar o confisco de R$ 574,863 milhões nas contas A e B do antigo Banerj.
Na mesma conta
A decisão é da presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia. De acordo com a PGE-RJ, as contas A e B foram criadas na época da privatização do Banerj como garantias para o pagamento de débitos previdenciários e trabalhistas dos funcionários do banco extinto. Aliás, a União já tentou outra vez confiscar valores desta mesma conta e foi impedida pelo STF.
Nilópolis vai abrir concurso para a Guarda Municipal
A Prefeitura de Nilópolis, na Baixada, vai abrir concurso para a Guarda Municipal. O prefeito Farid Abrão fez o anúncio durante evento realizado na Câmara Municipal, na última quinta-feira, para entrega de títulos de cidadão nilopolitano. "A comissão do novo concurso já foi criada e nossa intenção é aumentar o efetivo. A paz geral não vamos ter, mas não vamos ficar de braços cruzados", disse.