Rio - Recém-eleito presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), André Ceciliano (PT) montou uma chapa com parlamentares de diferentes partidos e ganhou forte apoio. A Mesa Diretora terminou de ser formada pouco antes do início da votação deste sábado, mas ainda assim ficou bem alinhada entre os deputados.
Durante a votação, Ceciliano recebeu elogios de quem integra siglas opostas (por exemplo, de parlamentares do DEM). A forma como conduziu a Alerj em meio à crise financeira do Rio foi ressaltada por seus colegas. Mas a costura política para sua vitória envolveu, sobretudo, as comissões.
São as comissões a 'menina dos olhos' dos deputados. E viabilizaram a articulação para formação da chapa do petista. Uma das mais importantes, a de Constituição e Justiça (CCJ), terá o líder do governo de Wilson Witzel (PSC), deputado Márcio Pacheco (PSC), como presidente. Já a Comissão de Orçamento deverá ser comandada por Gustavo Tutuca (MDB).
PSL quer Direitos Humanos
Partido declaradamente contra o PT e o Psol, o PSL corre, agora, para conseguir ficar à frente de algumas comissões, como a de Educação, Direitos Humanos, Segurança e Orçamento. Na votação para a presidência da Alerj, a legenda se dividiu, e nem todos os deputados votaram "não" à candidatura de Ceciliano.
A bancada do PSL tem 12 parlamentares, e sete optaram pela abstenção de voto. Os demais foram contrários à eleição do petista.
Rodrigo Amorim, parlamentar que foi o mais votado para essa legislatura, defendeu a composição das comissões "pela proporcionalidade". "Vamos ocupar pela proporcionalidade como diz o regimento da Casa. Vamos ocupar nosso espaço".