O presidente Jair Bolsonaro e equipe ministerial articulam para a aprovação da reforma e, agora, governo alega dificuldades de pagar salários em 2020 - Marcelo Camargo/Agência Brasil
O presidente Jair Bolsonaro e equipe ministerial articulam para a aprovação da reforma e, agora, governo alega dificuldades de pagar salários em 2020Marcelo Camargo/Agência Brasil
Por PALOMA SAVEDRA

Rio - A divulgação de estudo da Secretaria de Política Econômica, vinculada ao Ministério da Economia, que prevê dificuldades de a União pagar salários de servidores a partir de 2020 se a Reforma da Previdência não passar no Congresso provocou fortes reações do funcionalismo. As categorias afirmam que o governo federal faz "chantagem" e rebatem o entendimento com alguns números.

"Trata-se de mero alarmismo e chantagem com os servidores e o Legislativo, visando à aprovação da PEC 6/2019", defendeu o presidente do Fórum Nacional das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Rudinei Marques.

Marques ressaltou o fato de os gastos com pessoal da União serem inferiores aos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF): "Não há inchaço da máquina pública no Brasil, e os gastos de pessoal da União estão sob estrito controle, abaixo dos tetos fixados pela LRF". 

O dirigente também comparou o número de funcionários públicos que o país tinha em 1990 com 2019.

"Além disso, se considerarmos os gastos de pessoal em relação ao PIB, temos queda ano a ano de 2002, quando eram 4,8%, a 2016, quando chegaram a 4,3%. Também em quantitativo, em 1990 tínhamos 630 mil servidores civis, e hoje temos 633 mil, ou seja, a população brasileira nesse período aumentou mais de 30% e o número de servidores ficou o mesmo. A média de empregabilidade no setor público no Brasil é de 12%, enquanto a média da OCDE é de 22%", argumentou.

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