"Estamos construindo, mas não há previsão alguma de quando enviaremos. São vários projetos, um para modificar a Constituição Estadual (uma PEC), propostas de lei complementar e de lei ordinária e decretos. Não é simplesmente fazer um projeto e encaminhar. Há muitos detalhes na Constituição que terão que ser modificados", detalhou o secretário.
Segundo Aureliano, há ainda duas possibilidades em estudo. Ou seja, uma reforma previdenciária somente para os servidores que ingressarem futuramente no setor público do Rio ou outra que englobará o funcionalismo que está vinculado ao estado.
O que muda: idade mínima e tempo de contribuição
O governo vai seguir as mesmas regras previstas pela Emenda Constitucional 103/2019, que instituiu a reforma nacional. Em relação à alíquota previdenciária, não haverá mudança: o Estado do Rio aumentou o percentual para 14% em 2017. Mas as mudanças seriam para a idade mínima e o tempo de contribuição.
Assim, será preciso ter pelo menos 62 anos de idade (se mulher) e 65 anos (se homem), além de 25 anos de contribuição para ir para a inatividade. Isso desde que cumpridos dez anos de serviço público e cinco anos no cargo em que se der a aposentadoria.
Atualmente, aqueles que ingressaram no estado até 31 de dezembro de 2003 se aposentam com 60 anos (homem) e 55 anos (mulher), com pelo menos 20 anos de serviço público. Quem ingressou após essa data pode ir para a inatividade com as mesmas idades, mas deve cumprir 30 anos (mulher) e 35 anos (homem) de contribuição.
Acordo garante liberação de dinheiro
Aureliano lembrou o recente acordo firmado pelo estado com investidores estrangeiros, que vai garantir o pagamento de aposentadorias até o fim do ano. Trata-se de uma dispensa (Waiver) de exigências contratuais em empréstimos internacionais, como a Operação Delaware, de antecipação de royalties.
Isso vai garantir alívio de caixa de R$ 2,1 bilhões em 2020. E de R$ 5,9 bilhões até o fim de 2021. O secretário disse que o dinheiro retido (da receita de royalties) já está sendo liberado.
"Quando o preço do petróleo cai, os credores aceleram a amortização. Em março, retiveram um valor (liberado pela ANP), depositado em uma conta de garantia no exterior. Agora, com o waiver, eles liberaram (na última semana) R$ 693 milhões".