Sessões na Câmara tem sido semipresenciais - Najara Araújo/Câmara dos Deputados
Sessões na Câmara tem sido semipresenciaisNajara Araújo/Câmara dos Deputados
Por PALOMA SAVEDRA

O funcionalismo de todo o país ficará sem aumento até o fim de 2021. Após um dia de intensa articulação entre o Planalto e o Parlamento, a Câmara dos Deputados não seguiu o Senado e decidiu manter, nesta noite, o veto do presidente da República, Jair Bolsonaro, à possibilidade de reajuste para os cerca de 12 milhões de servidores civis e militares - segundo dados do Ipea - dos estados, municípios e da União.

Foram 316 votos favoráveis ao Executivo contra 165 pela derrubada do veto, além de duas abstenções, demonstrando uma vitória expressiva do governo. Bolsonaro chegou a dizer que seria "impossível governar" se a Câmara derrubasse o veto.

Líder do governo na Casa, o deputado Ricardo Barros (PP-RS) comandou a costura política e usou o argumento de que a derrubada do veto prejudicaria a liberação do auxílio emergencial: "Certamente mudar a possibilidade dos valores e do prazo que esse auxílio pode ser prorrogado".

O ministro da Economia, Paulo Guedes, apontou um prejuízo de R$ 120 bilhões para os cofres públicos - os números, porém, foram muito questionados pela oposição. E criticou os senadores, dizendo que eles cometeram um crime contra o país

o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) também trabalhou para evitar a rejeição ao veto.

Entenda

O congelamento salarial foi condição colocada pela União no pacote de socorro de R$ 125 bilhões aos entes para o combate à pandemia. Mas o Congresso blindou desse impedimento algumas categorias, entre elas, da saúde e educação. Bolsonaro vetou esse item. Na quarta-feira, o Senado derrubou o veto. A palavra final então ficou com a Câmara, que acompanhou o governo.

Você pode gostar
Comentários