O sinal de alerta nas finanças também levará o prefeito eleito Eduardo Paes a Brasília nos próximos dias para negociar recursos federais para o Rio. Ele e Pedro Paulo estarão com a equipe econômica da União e também devem se reunir com o presidente Jair Bolsonaro. O pedido de liberação de verbas de emendas parlamentares também está nos planos.
“Se nada for feito, a projeção é que em 2021, o Rio tenha um déficit fiscal de R$ 10 bilhões. Esse é o cenário trágico que o Crivella está deixando para a nova gestão. E cabe ressaltar que havíamos deixado em caixa R$ 50 milhões”, declarou o futuro secretário, que foi oficialmente apresentado ontem por Paes.
Esse valor (R$ 10 bilhões), segundo Pedro Paulo, engloba a folha de pagamento do 13º salário e também a folha de dezembro do funcionalismo carioca.
Diante desse quadro, Pedro Paulo ressaltou que o governo terá que ser “rigoroso nas despesas” e priorizar gastos. Ficarão de fora do pacote de austeridade, no entanto, as áreas da Saúde e Educação, que são prioritárias e também por terem investimentos mínimos obrigatórios pela Constituição Federal.
“Vamos iniciar o ano com contingenciamento de gastos, mas ainda não sabemos qual o valor, e vamos fazer auditorias nos contratos. Vamos olhar com lupa no grau máximo todos os contratos. Também criaremos um teto de gastos. Faremos uma Lei de Responsabilidade Fiscal local”, anunciou.
O futuro governo também pretende mirar as remunerações que estão dentro do chamado ‘extrateto’, ou seja, acima do limite do funcionalismo.