Ex-prefeito e vereador do Município do Rio, Cesar Maia tem como uma de suas pautas prioritárias a defesa do funcionalismo - Renan Olaz/CMRJ
Ex-prefeito e vereador do Município do Rio, Cesar Maia tem como uma de suas pautas prioritárias a defesa do funcionalismoRenan Olaz/CMRJ
Por PALOMA SAVEDRA
A incerteza sobre o pagamento do 13º salário dos servidores municipais do Rio só aumenta e tem levado as categorias a fazerem alguns comparativos entre o atual prefeito, Marcelo Crivella, e o ex-governante Saturnino Braga. Braga governou a cidade no final da década de 80 e decretou a falência do Rio. Na época, o funcionalismo amargava sucessivos atrasos salariais.
Esse paralelo, porém, é rejeitado por Cesar Maia, ex-prefeito por três mandatos (de 1993 a 1996 e de 2001 a 2008) e hoje vereador. Maia tem como uma de suas principais pautas a defesa do funcionalismo, e é uma das referências quando se discute assuntos do Rio de Janeiro.
Publicidade
À coluna, o parlamentar ressaltou que os cenários enfrentados por Saturnino Braga e Crivella não são semelhantes. Por isso, não há como fazer a comparação.
"São situações diferentes (entre a gestão Crivella e a de Saturnino)", declarou o ex-prefeito, acrescentando: "E por isso mesmo espero que o 13º salário seja pago até o final deste mês (dezembro)".
Publicidade
O ex-prefeito lembrou ainda as dificuldades enfrentadas pela prefeitura na década de 80.
"A prefeitura faliu nos últimos meses do último ano de governo (Saturnino Braga). E o prefeito Saturnino reconheceu publicamente. A reforma tributária dentro da Constituição de 1988 ajustou as contas especialmente das capitais. Acrescido ao aumento de impostos no final do governo Saturnino deixou a prefeitura equilibrada", afirmou.
Publicidade
'Sabia que o 13º ia atrasar'
Cesar Maia foi questionado pela coluna sobre as perspectivas relacionadas ao depósito do abono para os servidores. E respondeu: "Sabia que ia atrasar, mas que seria pago até o final deste ano".
Publicidade
Também indagado como ele vê esse momento que o funcionalismo atravessa, com a possibilidade de o 13º ficar para o próximo ano, ele disse: "Precisaria conhecer os números efetivos. Prefiro continuar acreditando que será pago até o final de dezembro".
Para Maia, o atual governo se precipitou com despesas e se atrapalhou na tentativa de uma reeleição, o que acabou prejudicando o caixa do município.
Publicidade
"O açodamento no ano eleitoral agravou a situação mas não a ponto de não pagar o 13º", declarou.