Prefeitura do Rio corre contra o tempo para quitar parte do abono - Divulgação
Prefeitura do Rio corre contra o tempo para quitar parte do abonoDivulgação
Por PALOMA SAVEDRA

Sem dinheiro para quitar o 13º salário do funcionalismo, a Prefeitura do Rio tenta correr contra o tempo para reforçar o caixa e conseguir, ao menos, pagar ainda este ano a primeira parcela do abono. A informação já corria nos bastidores e foi confirmada pela Secretaria de Fazenda e a Procuradoria Geral do Município (PGM): o governo está buscando verbas extraordinárias através da cobrança de débitos que empresas e pessoas físicas têm com o município.

A ideia é acelerar a análise dos pedidos que contribuintes inscritos na dívida ativa do município fizerem para adesão ao Concilia Rio (programa de descontos no pagamento de dívidas), e que até hoje não foram respondidos.

Apesar disso, fontes avaliam que, mesmo com a entrada de algum recurso no caixa, não haverá fluxo suficiente capaz de cobrir a folha do 13º (com custo acima de R$ 1 bilhão). Também não se sabe se a saída pensada pelo governo - pagar uma parte - será bem sucedida, já que o quadro fiscal é alarmante.

O montante dos débitos inscritos na dívida ativa do Município do Rio de Janeiro, de acordo com a Procuradoria, é de R$ 53 bilhões.

Interlocução do governo Paes com o Tesouro

Futuro secretário de Fazenda do governo Paes, Pedro Paulo já havia anunciado um plano de emergência fiscal, com corte de despesas, para cobrir um possível déficit de R$ 10 bilhões para 2021. Mas, além disso, ele focará em medidas na área da receita. E começou ontem esse trabalho.

Pedro Paulo se reuniu com o secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal, e sua equipe. “Vamos começar a ter uma interlocução permanente da cidade e vamos fazer um trabalho ao longo de 2021 para recuperar o rating do Rio de C para B”, disse. Há intenção também de retomar a possibilidade de o município ter financiamentos com aval da União.

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