Relatório do Tesouro Nacional foi apresentado nesta quinta-feira - AFP/Arquivo
Relatório do Tesouro Nacional foi apresentado nesta quinta-feiraAFP/Arquivo
Por PALOMA SAVEDRA
O que motivou a mudança de posicionamento da Secretaria do Tesouro Nacional sobre a recuperação fiscal do Estado do Rio vem sendo questionado nos bastidores — em Brasília e no Rio. Há quem afirme que se trata de interferência política. E outros apontam uma mão mais pesada da União na cobrança de ajustes fiscais mais duros pelo estado fluminense.
Fato é que governos locais, como Goiás, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, tentam aderir à recuperação fiscal. E o anúncio de extensão do RRF do Rio desagradou a alguns. Governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM) chegou a reclamar publicamente da resistência do Tesouro a ajudar seu estado, enquanto, segundo ele, o governo fluminense foi beneficiado com mais tempo sob a vigência do acordo.
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Como neste mês o Rio foi comunicado sobre a exclusão do regime (ao contrário do que havia sido acordado), o governo estadual foi ao Supremo Tribunal Federal (STF) para evitar o bloqueio imediato de mais de R$ 7 bilhões nas contas.
O presidente da Corte, ministro Luiz Fux, concedeu então liminar na última quinta-feira, apontando o risco de colapso nas finanças fluminenses, com a consequente paralisação dos serviços públicos em plena pandemia.