Relator da PEC 32, Arthur Maia já começou a se reunir com as categorias do funcionalismoMichel Jesus/Câmara dos Deputados

Por O Dia
O relator da reforma administrativa (PEC 32), deputado Arthur Maia (DEM-BA), apresentou hoje aos integrantes da Comissão Especial o plano de trabalho para discutir a proposta, sugerindo a realização de 12 audiências públicas. Na ocasião, Maia voltou a defender a inclusão no texto de membros dos Poderes Legislativo e Judiciário (ou seja, parlamentares e magistrados), Ministério Público (promotores e procuradores de Justiça) e de militares das Forças Armadas.
"Como relator, minha opinião é que todos sejam incluídos, inclusive nós deputados", afirmou o parlamentar na sessão da comissão.
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A proposta reformula as regras do serviço público brasileiro, extinguindo a garantia de estabilidade para futuros servidores - com exceção das carreiras de Estado - e o regime jurídico único. A PEC também acaba com benefícios como promoções automáticas, licença-prêmio e adicionais por tempo de serviço (anuênio, triênio e quinquênio).
No entanto, o texto enviado em setembro de 2020 pelo governo federal só alcança os servidores (tanto do Executivo, Judiciário e Legislativo) e não os chamados integrantes de Poderes, que são regidos por regras próprias.
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A decisão da equipe econômica da União de não incluí-los na PEC se deu após avaliações de que haveria questionamentos sobre o descumprimento de princípios constitucionais (como o da independência dos Poderes). Assim, o governo acabou deixando essa tarefa para o Congresso Nacional. 
GUEDES CONVIDADO
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Na reunião, os deputados aprovaram requerimentos para a participação de autoridades em audiências para debater a proposta. Entre os nomes convidados está o do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Inicialmente, dois requerimentos, apresentados por deputados da oposição queriam a convocação de Guedes, mas foi firmado um acordo e a convocação, cuja presença é obrigatória, foi transformada em convite, em que a presença é opcional. 

É considerada certa a presença de representantes de diversas categorias do funcionalismo público.
O relator tem o prazo mínimo de dez sessões, e máximo de 40 sessões, contadas a partir da data de instalação da comissão especial, para divulgar seu parecer. O colegiado foi instalado em 9 de junho.
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O prazo para apresentação de emendas será de dez sessões, a contar do dia 10 de junho. Cada proposta de aditivo precisa ser assinada por, pelo menos, 171 deputados.