Alguns parlamentares não aprovam se permitir informalidade no plenárioCléber Mendes

Por Sidney Rezende
Alguns políticos que viveram intensamente o brilho do antigo estado da Guanabara, coração da política brasileira, hoje estão convencidos que os tempos mudaram para pior. Eles se dizem perplexos com a herança de baixa qualidade do material humano deixada pela eleição passada. Segundo eles, só isso explica a má conduta dos novos parlamentares que ganharam seus mandatos em 2018, os que apostam hoje na ostentação do poder. Os novatos tentam impor na Alerj hábitos que jamais seriam aceitos na antiga capital federal. Eles usam armas ostensivas na cintura, sirenes e giroflex nos carros, fazem questão de mostrar que andam com seguranças e adentram o plenário exibindo práticas nada civilizadas. Os seguranças legislativos se sentem constrangidos em barrar um deputado armado. No parlamento do passado, era impensável ingressar no plenário sem paletó e gravata. Nesse mandato, dizem os veteranos, o desleixo nas vestimentas durante as sessões plenárias é prática comum de deputados, ex-deputados e assessores. Eles circulam sem a indumentária regimental. 

AGORA É ASSIM

E não só no legislativo estadual que a crítica aparece. Quem acompanha a Câmara Municipal do Rio se impressionou essa semana. "Pudemos ver vereadores se servindo de biscoitos em cima da bancada e pessoas sem paletó e gravata circulando no plenário, inclusive junto ao presidente", comentou um frequentador das duas casas legislativas. Ele contou ainda que, na Alerj, "nestes últimos dias de funcionamento do plenário do Palácio Tiradentes, o desrespeito às regras básicas atingiu seu ápice, com o uso de tênis, sapatos sem meias, camisetas, jaquetas. Parecia uma feira". O fato é que tem gente que reza para que no Alerjão, nova sede do Legislativo fluminense, seja colocada ordem na casa e seja exigido o uso de, pelo menos, paletó e gravata. Os mais jovens não concordam que deveria ser tão formal, porque os tempos mudaram. O contraponto dos grisalhos é que seja recuperada a liturgia dos cargos, como, por exemplo, ainda hoje se verifica no Tribunal de Justiça e no Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, onde ninguém entra ou sai de uma sessão, sem estar devidamente vestido com estilo mais formal.
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