Empresário Bruno Fernandes, de 37 anos, foi localizado pela família na manhã desta sexta-feira, na Zona Norte do Rio. Ele estava desaparecido há 3 dias
Empresário Bruno Fernandes, de 37 anos, foi localizado pela família na manhã desta sexta-feira, na Zona Norte do Rio. Ele estava desaparecido há 3 dias Arquivo Pessoal
Por Charles Rodrigues
Após 72 horas de intensas buscas, familiares localizaram, na manhã de sexta-feira, o empresário Bruno Fernandes Pereira, de 37 anos, que estava desaparecido após sair de casa, com seus dois cachorros, no Encantando, na Zona Norte do Rio. Ele havia deixado o carro e a motocicleta na residência e desligado o aparelho celular.
Visivelmente abalado, após uma separação conjugal, Bruno contou à família que se hospedou em um hotel para se recuperar emocionalmente. O empresário disse estar bem de saúde e agradeceu a todos que se envolveram nas buscas. Dono de um pet shop, no Méier, Bruno pretende retomar ao trabalho à frente da empresa.
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“Estamos aliviados com a localização do meu irmão. A família inteira e os amigos estavam focados na procura. Foi um grande susto, mas Graças a Deus tudo terminou bem. Muito obrigado a todas pessoas que se juntaram à rede de apoio”, agradece a empresária Taiane Fernandes, de 35 anos.
Mobilização - Além da polícia, as buscas ao empresário mobilizaram pessoas nas ruas e nas redes sociais. Após divulgação na coluna ‘Desaparecimentos em Pauta’, do DIA Online, a grande repercussão do caso ajudou na obtenção de informações e localização de Bruno, que foi visto pela última vez, na manhã do dia 20 de abril, através de imagens do circuito interno de câmeras do condomínio, saindo de casa com uma mochila e os dois cães de estimação. O caso foi registrado na 24ª DP (Piedade). 
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Pandemia e abalos emocionais podem acelerar aumento de casos de sumiços voluntários
No Estado do Rio de Janeiro, em janeiro e fevereiro de 2021, foram registrados 676 desaparecimentos, de acordo com dados do Instituto de Segurança Pública (ISP). Segundo especialistas, durante a pandemia, podem aumentar os casos de desaparecimentos espontâneos ou voluntários, que são motivados, em sua maioria, por transtornos psicológicos ou conflitos familiares.
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“São tempos difíceis. O isolamento social despertou ou intensificou transtornos psicológicos. Sintomas de depressão e ansiedade têm se tornado a queixa principal. A convivência familiar, forçada pelo isolamento social ou pelo desemprego, pode fazer emergir conflitos que estavam ‘adormecidos’ e, com isso, a convivência tornou-se dolorosa. A prevenção aos desaparecimentos passa pelo tratamento de saúde mental adequado e apoio da família”, ressalta a psicóloga Maríangela Venas.