No último dia 9 de abril, a estudante Esmeralda Laurindo, de 13 anos, saiu da casa da avó, na Rocinha, para visitar uma amiga e não retornou
No último dia 9 de abril, a estudante Esmeralda Laurindo, de 13 anos, saiu da casa da avó, na Rocinha, para visitar uma amiga e não retornou Arquivo Pessoal
Por Charles Rodrigues
Há 25 dias, familiares e amigos realizam buscas para encontrar o paradeiro da adolescente Esmeralda Laurindo de Oliveira, de 13 anos, que desapareceu após sair da casa da avó para visitar uma amiga, na comunidade da Rocinha, Zona Sul do Rio. Ela saiu sem levar aparelho celular. Esmeralda cursa o 8º ano do ensino fundamental II, em uma escola municipal na Gávea.
Segundo o pai da adolescente, o protético Luiz Henrique Gonçalves de Oliveira, de 52 anos, Esmeralda tinha o costume de ficar na casa das amigas, com o consentimento da família, mas sempre retornava. Desta vez, a demora no retorno chamou a atenção de familiares e amigos, que registraram o caso na polícia e iniciaram uma mobilização para encontrar a adolescente.
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O fato de as amigas negarem ter visto Esmeralda, levou o pai a pensar na possibilidade de a filha ter sido aliciada por pessoas estranhas. Ele recebe, diariamente, diversas informações sobre possíveis paradeiros da adolescente. Contudo, de acordo com familiares, todas as denúncias têm sido checadas, mas, até agora, sem sucesso.
“Minha filha é agitada. Como toda adolescente, curte navegar nas redes sociais e conversar com as amigas. Na comunidade, é comum as meninas ficarem uma nas casas das outras, com o consentimento dos pais. No entanto, quando menores de idade, não concordo em dormir fora. Nesse caso, não sabemos o que ocorreu. Minha filha pode estar em risco de vida ou ter sido aliciada por estranhos. Já viram ela em todas partes da comunidade, mas não conseguimos achá-la. Não vamos desistir”, disse o pai da menina, que tem outra filha menor, fruto do mesmo relacionamento. 
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Conselho tutelar acompanha o caso
O desaparecimento de Esmerada foi registrado na 11ª DP (Rocinha). Em depoimento, o pai disse que a adolescente já desapareceu outras vezes, mas sempre retornava para casa. O caso está sendo acompanhado pelo Conselho Tutelar da Rocinha, que está engajado nas buscas e dando apoio à família. “Estamos auxiliando nas buscas e fazendo a mediação com os familiares. É um pai que conta com a ajuda da mãe dele, que já é idosa, para cuidar das duas meninas. Nesse primeiro momento, a meta é encontrar a adolescente. Após a elucidação do caso, daremos o direcionamento institucional”, ressalta a conselheira tutelar Maíra Rangel.
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Tragédia marcou a família
Segundo familiares, a mãe da adolescente, Mauricéia da Silva Laurindo, foi atingida na cabeça por uma bala perdida, durante um tiroteio na comunidade do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio, em 2016. Então com 31 anos, Mauricéia chegou ser socorrida e levada ao Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, mas não resistiu aos ferimentos. Separada do marido, Mauricéia, conforme familiares, teria saído de casa quando as duas meninas eram bebês e nunca mais teve contato com as filhas.
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Denúncias - Informações sobre o paradeiro de Esmerada podem ser repassadas ao Disque-Denúncia (2253-1177) ou ao plantão do Conselho Tutelar da Rocinha (98909-1462), com total garantia do sigilo e anonimato.