Pintor de barcos luxuosos de celebridades, José Roberto Borges, 54, sumiu há 4 dias após sair de casa, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense Arquivo Pessoal

Há 4 dias, familiares e amigos realizam buscas para encontrar o paradeiro do pintor de barcos José Roberto Borges dos Santos, de 54 anos, que desapareceu, na noite do último domingo, após sair de casa, no bairro Malha Pão, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense.
De acordo com familiares, José Roberto teria ido ao encontro de uma mulher, com quem, supostamente, estaria mantendo um relacionamento amoroso. O fato de ter saído apenas de bermuda e chinelos, sem o aparelho celular e os documentos, indicavam, conforme a família, a possibilidade de um rápido retorno, que, contudo, não ocorreu.
A demora de José Roberto chamou a atenção da família, que iniciou as buscas e comunicou o fato à polícia. O pintor é solteiro e mora em um sobrado, próximo a uma das irmãs, que teria ouvido José Roberto, ao telefone, marcando encontro com a suposta mulher, que já foi identificada pelos familiares e deverá ser ouvida pelos investigadores como testemunha.
“O José é muito reservado. Não gostava de falar sobe a sua vida privada. A única coisa que sabemos é que ele teria saído para encontrar uma mulher. Cabe à polícia investigar. Estamos realizando buscas em hospitais e Institutos de Medicina Legais da região. Uma das irmãs disse que o viu saindo com cerca de R$200 no bolso. Por enquanto, não temos nada concreto para apontar a causa do desaparecimento. Vamos continuar  buscando informações sobre o paradeiro dele ”, disse o vigia noturno Sergio Pereira, 57, cunhado do pintor.
Trabalhos em iates de celebridades
Conhecido como exímio pintor, José Roberto, de acordo com familiares, já trabalhou na restauração de embarcações de luxo do cantor Roberto Carlos e do ex-jogador Bebeto, entre outras celebridades. Atualmente, José trabalha em uma oficina de grande porte, no município vizinho, em Queimados, também na Baixada Fluminense. O fato de faltar ao serviço também teria chamado atenção dos colegas, que fizeram contato com a família.
Suposto encontro é uma das linhas de investigação   
O caso está sendo investigado por agentes do Setor de Descobertas de Paradeiros (SDP), na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHFB). Apesar de a família apontar indícios do sumiço estar ligado ao suposto ‘encontro’, policiais informaram a amigos e familiares que não descartarão outras linhas de investigação. Análise de imagens de câmeras da região e quebra dos sigilos bancários e telefônicos poderão ser solicitados à Justiça para ajudar na apuração do caso.
Informações sobre o paradeiro do pintor José Roberto podem ser repassadas ao Disque-Denúncia (2253-1177) ou à DHBF, que deixa à disposição da população o telefone (21) 98596-7442 (whatsapp) e ressalta a importância da colaboração com informações e denúncias, com garantia de total anonimato.
Família ainda sem respostas sobre sumiço de comerciante em Queimados
Familiares continuam as buscas e cobram das instituições uma resposta sobre o desaparecimento do comerciante Isaquiel Praxedes de Luna, de 39 anos, que foi sequestrado por quatro homens armados e encapuzados, na tarde do último dia 24, em frente de casa, no bairro Piabas, em Queimados, na Baixada Fluminense.
O caso foi Registrado na 55ª DP (Queimados) e está sendo investigado como sequestro ou cárcere privado. Os policiais realizam diligências e estão ouvindo testemunhas. “Ainda não tivemos nenhuma informação relevante da polícia sobre o caso. Estamos apreensivos e preocupados. Esperamos que não seja apenas um número nas estatísticas e que as instituições deem as respostas como de direito”, ressaltou a vendedora Miriam Praxedes, 44, irmã do comerciante.
A coluna fez contato com a assessoria de comunicação da Polícia Civil solicitando informações sobre o caso, mas até o fechamento desta edição não obteve retorno.   
Baixada registrou 683 desaparecimentos em 2021
De janeiro a julho deste ano, o Estado do Rio de Janeiro registrou 2.227 casos de desaparecimentos, conforme dados do Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro (ISP). A Baixada Fluminense lidera o ranking de sumiços no estado com 683 ocorrências, no mesmo período, seguida pelas Zonas Norte e Oeste do Rio, com 527 registros. Capital e Zona Sul tem 365 sumiços. Já as regiões Metropolitana e dos Lagos têm 314, Região Norte, 131, e Sul Fluminense e Serrana, registraram, respectivamente, 130 e 77 casos.