Adolescente Amanda de Araújo, de 12 anos, desapareceu na noite da última quarta-feira, após sair de casa, na Rua 2, Comunidade da Rocinha, na Zona Sul do Rio Arquivo Pessoal

A comunidade da Rocinha, na Zona Sul do Rio, está mobilizada para encontrar o paradeiro da menina Amanda de Araújo Barrozo Muniz, de 12 anos, que desapareceu, na noite da última quarta-feira, após sair de casa, na Rua 2.
De acordo com a família, Amanda sofre de distúrbios neurológicos, faz uso de remédios controlados e necessita de cuidados especiais. A menina teria saído de casa, após abrir o portão para o irmão mais novo, de 8 anos, que havia saído para jogar o lixo doméstico em uma lixeira ao lado da residência.
Ao perceberem que a adolescente saiu de casa, familiares logo iniciaram as buscas pela comunidade, acionaram o Conselho Tutelar e registraram o caso na 11ª DP (Rocinha). Amanda vestia calça jeans, blusa cinza e chinelos.
“Estamos desesperados, pois temos todo cuidado com a Amanda. Devido às deficiências, evitamos deixá-la sair sozinha. Ela aproveitou o portão aberto. Não foi a primeira vez que ocorreu, mas sempre a encontrávamos, pois ela é conhecida na comunidade. Desta vez, apesar da mobilização de familiares, vizinhos e amigos, ainda não conseguimos achar a minha filha”, disse, emocionada, a cabeleireira Karina de Araújo, de 28 anos.
Informações sobre o paradeiro da adolescente podem ser repassadas ao Disque-Denúncia (2253-1177) ou à Delegacia da Rocinha (2334-6772).
Estado teve cerca de 3 mil desaparecimentos registrados em 2021
De acordo com dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), o Estado do Rio de Janeiro registrou 2.291 desaparecimentos, entre janeiro a setembro de 2021. As três regiões com maiores números de casos são a Baixada Fluminense, com 909 sumiços, seguido das Zonas Norte e Oeste do Rio, com 698 casos e da Capital, que anotou 473 ocorrências.
No comparativo com o ano anterior, em 2021 o número de desaparecimentos apresentou aumento de 492 casos, compreendendo um aumento de 20% das ocorrências. De acordo com o Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (Plid), do Ministério Público do Rio de Janeiro, os desaparecimentos de adolescentes (entre 12 a 17 anos) são os mais recorrentes, com aproximadamente 29% dos casos registrados.