Professora está entre os desaparecidos no temporal em Petrópolis
Raquel Novaes, de 47 anos, foi vista pela última vez seguindo em direção a um shopping no Alto da Serra
Professora Raquel Novaes, de 47 anos, está entre os desaparecidos após as fortes chuvas que atingiram a cidade de Petrópolis, na última terça-feira, na Região Serrana do Rio - Arquivo Pessoal
Professora Raquel Novaes, de 47 anos, está entre os desaparecidos após as fortes chuvas que atingiram a cidade de Petrópolis, na última terça-feira, na Região Serrana do Rio Arquivo Pessoal
Familiares continuam em busca da professora Raquel de Lima Novaes Rocha, de 47 anos, que está entre as dezenas de desaparecidos, na forte chuva que caiu na cidade de Petrópolis, na tarde de terça-feira (15) e deixou ao menos 78 mortos, de acordo com a Polícia Civil. A família publicou um cartaz nas redes sociais para ajudar nas buscas.
Conforme familiares, Raquel havia ido uma agência da Caixa, no Alto da Serra, e sumiu, durante o temporal, após atravessar uma das avenidas em direção ao Hipershopping ABC. Supostamente, ela pretendia chegar ao estacionamento, onde havia deixado o carro.
O Alto da Serra, segundo a Defesa Civil, foi um dos locais mais atingidos pela chuva. Familiares acompanham, desde a manhã desta quarta-feira, o trabalho dos bombeiros e realizam buscas em hospitais e Instituto Médico Legal (IML), mas ainda não tiveram informações sobre o paradeiro da professora.
“Na terça-feira, minha mãe seguiu a rotina diária. Foi para o trabalho pela manhã e à tarde disse que iria ao banco. Ela costumava deixar o carro no shopping, que fica próximo à agência da Caixa. Falamos com ela pela última vez por volta das 18h. Após às 19h, perdemos o contato. Meu pai e outros familiares estão, desde cedo, acompanhando às buscas. Infelizmente, ainda não temos informações, mas mantemos as esperanças”, disse a universitária Maria Eugênia Novaes, de 21 anos.
Raquel Novaes é professora da Educação Infantil na Escola do Serviço Social da Indústria (SESI), em Petrópolis, e segundo a Polícia Civil está entre as dezenas de desaparecidos na tragédia. Entre os 78 mortos identificados foram contabilizados 37 mulheres, 22 homens e oito crianças.
Entre os mais de 171 pontos de deslizamento, o mais crítico é o do Morro da Oficina: parte da encosta foi abaixo durante a tarde e pelo menos 80 casas foram atingidas. O município decretou Estado de Calamidade Pública e os militares seguem trabalhando. Há previsão de mais chuva para esta quarta-feira.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.