Estudante Valeska dos Santos Oliveira, de 22 anos, está desaparecida há 40 dias. Ela foi vista, pela última vez, fazendo lanche com uma amiga, no Fonseca, na Zona Norte de Niterói, na Região Metropolitana do Rio Arquivo Pessoal

Há 40 dias, familiares e amigos buscam pelo paradeiro da estudante de técnica em enfermagem Valeska dos Santos Oliveira, de 22 anos, que desapareceu após lanchar com uma amiga, próximo de casa, na Rua São José, no Fonseca, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio.
O sumiço da Valeska ocorreu entre os dias 11 e 12 de fevereiro. De acordo com familiares, a amiga da estudante relatou que, após saírem da lanchonete, elas se despediram e cada uma seguiu para suas casas com a promessa de se reencontrarem, no mesmo local, no dia seguinte. Mas a estudante não apareceu.
O aparelho celular da Valeska consta como desligado e as postagens nas redes sociais cessaram no mesmo período. A jovem estava morando sozinha, há três anos, em uma casa financiada por um parente. No mesmo período, os pais da estudante, que moravam em outra residência no mesmo bairro, mudaram-se para São Gonçalo.
Apesar da distância, familiares estranharam a falta de contato da estudante, que costumava responder com frequência às postagens nas redes sociais e nos aplicativos de mensagens. Após o sumiço, um incêndio, que ainda não teve a causa determinada, destruiu parcialmente um dos cômodos da casa da jovem.
De acordo com a família, Valeska nunca havia desaparecido ou ficado tanto tempo fora de casa sem avisar. Ela não passava por problemas de saúde, tampouco tomava remédios controlados. O caso está sendo investigado por agentes do Setor de Descobertas de Paradeiros (SDP), na Delegacia de Homicídios em Niterói.
‘Minha filha é do bem’
“Minha filha é do bem! Ela foi morar sozinha porque sempre foi independente. Estuda para realizar o sonho de ser enfermeira e trabalha vendendo doces e perfumes para se manter. O aparelho celular dela era inseparável. Por conta disso, a nossa estranheza pela falta de contato. Falava com ela diariamente. Estamos abalados! Ninguém tem notícias da minha filha! Já fizemos buscas em diversos lugares”, lamentou a mãe, a dona de casa Rita de Cássia dos Santos, de 42 anos, que tem outros dois filhos.
Quem tiver informações sobre o paradeiro da Valeska pode entrar em contato com o Disque-Denúncia (2253-1177) ou com o SDP da Delegacia de Homicídios em Niterói (2717-2838), de forma anônima e com a garantia total do sigilo.
Em dois meses, Estado do RJ registra mais de mil desaparecimentos
Em janeiro e fevereiro deste ano, foram registrados 1002 desaparecimentos de pessoas em todo Estado do Rio de Janeiro, conforme dados do Instituto de Segurança Pública RJ (ISP). Em comparação ao mesmo período de 2021, quando foram contabilizados 675 casos, os registros aumentaram 48,4%.
A Baixada Fluminense, com 259 sumiços, lidera o ranking dos casos. A novidade este ano, ficou por conta do aumento relativo de casos na Região Serrana, devido, sobretudo, a tragédia em Petrópolis, que puxou para cima os índices de registros, contabilizando 225 desaparecimentos.
A Região Integrada de Segurança Pública 2, composta pelas Zonas Norte e Oeste do Rio, seguida da Capital, contabilizaram, respectivamente, 165 e 159 casos. A seguir, a Região Metropolitana e dos Lagos tiveram 107 sumiços. Fecham o balanço bimestral, as regiões Sul e Norte Fluminense, com 45 e 42 casos computados.