Restos mortais em cova rasa de Niterói pode ser da estudante Valeska Oliveira, que sumiu em fevereiro Arquivo Pessoal

Um corpo encontrado em um matagal, no bairro Caramujo, na Zona Norte de Niterói, pode ser da estudante de enfermagem Valeska dos Santos Oliveira, de 22 anos, que estava desaparecida desde o último dia 11 de fevereiro, após sair de casa para fazer um lanche com uma amiga, próximo de casa, no Fonseca.
Em adiantado estado de decomposição, o corpo foi encontrado, no dia 28 de março, por familiares e amigos, a menos de 200 metros da casa da estudante, na localidade São José, após intensas buscas na região. Testemunhas disseram que havia um lençol com manchas de sangue sobre a vítima, além de ferimentos que seriam indícios do uso de algum objeto cortante. Os restos mortais foram encaminhados ao Instituto Médico Legal, no Rio de Janeiro, onde passa por exames periciais e de identificação.
Ontem, uma mulher identificada como Thais Lilian Lima Vidal foi presa, por policiais da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo, apontada como mandante do crime. Em cumprimento ao mandado de prisão temporária, ela foi conduzida à delegacia, onde prestou depoimento e ficará à disposição da Justiça. Thais é acusada de homicídio e ocultação de cadáver. Outras duas pessoas, que teriam participado na morte da estudante, estão sendo procuradas pela polícia.
A motivação do crime está sendo apurada pela polícia, que não descarta a hipótese, conforme relato de testemunhas, de uma briga entre Thais e Valeska ter sido o estopim para o suposto assassinato. Emocionada, a mãe da estudante, a dona de casa Rita de Cássia dos Santos, de 42 anos, clama por justiça. Ela foi uma das primeiras pessoas a chegarem à cova, onde estava enterrado o corpo.
“Apesar de ainda aguardar confirmação dos exames periciais, tenho certeza que é o corpo da minha filha. A Valeska foi vítima de um crime covarde e tratada como um animal. Queremos que seja feita justiça. Não sabemos a motivação do crime e nada trará minha filha de volta, mas a prisão dos responsáveis será o mínimo que podemos fazer por ela. Eles acabaram com os sonhos de uma jovem de apenas 22 anos, com um belo futuro pela frente. Daremos à ela um enterro digno!”, disse, emocionada, a mãe da estudante.
Sumiço após sair de lanchonete
Conforme matéria divulgada pelo DIA Online, no dia 23 de março, o sumiço da Valeska ocorreu em fevereiro, entre os dias 11 e 12. De acordo com familiares, a amiga da estudante relatou que, após saírem da lanchonete, elas se despediram e cada uma seguiu para suas casas com a promessa de se reencontrarem, no mesmo local, no dia seguinte. Mas a estudante não apareceu.
O aparelho celular da Valeska constava como desligado e as postagens nas redes sociais cessaram no mesmo período. A jovem estava morando sozinha, há três anos, em uma casa financiada por um parente dela. No mesmo período, os pais da estudante, que moravam em outra residência no mesmo bairro, mudaram-se para outra cidade.