Rio - A designer Serena Sollini, de 39 anos, é a única mulher tocando repique na bateria da Acadêmicos do Salgueiro. A componente, que desfila pela segunda vez na vida, contou que é tão apaixonada pelo Carnaval que deixou a Itália para morar no Rio de Janeiro. A Vermelho e Branco é a terceira escola de samba a cruzar a Marquês de Sapucaí, nesta sexta-feira.
"A gente ensaia o ano todo e o braço se acostuma. Sempre foi o meu sonho. Quando ainda vivia na Itália tocava em um bloco de samba. Fiquei tão apaixonada pelo mundo do Carnaval que eu me mudei para o Rio", disse Serena.
Vitor Nascimento, cavaquinista do carro de som da escola, disse que está confiante para o Salgueiro conquistar o campeonato deste ano.
"A gente se sente abençoado de carregar todo o canto de uma escola como o Salgueiro. Estamos prontos para representar a nossa escola e ir em busca da décima estrela. A gente faz uma oração e se prepara para correr tudo o melhor possível".
Com o punho cerrado, o Acadêmicos do Salgueiro retrata as formas de resistência do povo preto brasileiro. Comandada pelo carnavalesco Alex de Souza, a agremiação do Andaraí traz, em "Resistência", a luta da população preta na preservação da própria cultura e fé por meio do orgulho da herança histórica deixada pelos antepassados.
O samba-enredo do Salgueiro é de autoria de Demá Chagas, Pedrinho da Flor, Leonardo Gallo, Zeca do Cavaco, Gladiador e Renato Galante.
Em 2020, o Salgueiro garantiu seu lugar no Desfile das Campeãs, na quinta posição da disputa com o "O Rei negro do picadeiro". Com o desfile assinado por Alex de Souza, o samba-enredo "O Rei negro do picadeiro" foi escrito por Marcelo Motta, Fred Camacho, Guinga do Salgueiro, Getúlio Coelho, Ricardo Neves e Francisco Aquino.
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