Djamila Ribeiro desfila no último carro da Beija-Flor ao lado de seu babalorixá, Rodney WilliamBeatriz Perez / O DIA

Rio - Em sua estreia na Sapucaí, a escritora e filósofa Djamila Ribeiro desfila no último carro da Beija-Flor ao lado de seu babalorixá, Rodney William. Uma das alas da escola, que representa o feminismo negro, é baseado nos livros da autora. A agremiação de Nilópolis fecha o primeiro dia dos desfiles do Grupo Especial.

"Estou muito feliz. Emocionada com minha estreia na Sapucaí. Ao lado do meu babalorixá, a gente sai junto no último carro. Esse enredo da Beija-Flor enaltece o povo negro", disse Djamila.

O babalorixá ressaltou a necessidade dos saberes tradicionais serem valorizados. " O enredo traz o empretecer do pensamento, que é o que a gente tem feito. Tentar mostrar para esse país que há outra forma de pensar. Há saberes tradicionais que precisam ser respeitados e que ajudam a formar a população brasileira", afirmou o babalorixá Rodney William.
Inspirado na figura do Pensador, do povo tchowkwe, a Beija-Flor vai trazer um retrato da contribuição intelectual negra no Brasil. Sob o comando do carnavalesco Alexandre Louzada, o enredo "Empretecer o pensamento é ouvir a voz da Beija-Flor" levará para a Marquês de Sapucaí o "levante quilombista", em nome do reconhecimento da intelectualidade preta.
Com "Empretecer o pensamento é ouvir a voz da Beija-Flor", a Azul e Branca de Nilópolis vai retratar na Marquês de Sapucaí as diversas contribuições de intelectuais pretos ao longo do tempo.