Rio - Eloy Antero Dias (1888-1971), conhecido como Mano Eloy, foi homenageado pela Império Serrano. A Escola escolheu fazer um painel artístico na sua quadra, para celebrar a vida de um dos fundadores da escola. Eloy também marcou sua trajetória por ser multi-instrumentista, compositor, jongueiro e dar o nome à quadra de ensaios, em Madureira. Inaugurada no último sábado (17), a arte foi pensada e executada pelo projeto NegroMuro, que busca "erguer monumentos da memória negra em forma de pinturas em muros públicos".
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A inauguração foi um evento ao som do Jongo da Serrinha, além de muita emoção, a Escola recebeu convidados como o artista Cazé, responsável pela pintura, e o neto de Mano Eloy, Helton Dias. Outros amigos, familiares e integrantes da Império também estavam presentes para a homenagem.
Cazé não perdeu a oportunidade de mostrar como estava emocionado com a situação: "É muita emoção estar ao lado de tantas pessoas importantes para a história do samba e deste quilombo sagrado que é o Império Serrano. Só tenho que agradecer a oportunidade por estar vivendo um momento tão sublime e importante para o NegroMuro. Mano Eloy foi um preto velho, jongueiro, sambista e um personagem marcante para a nossa sociedade."
No painel, é possível reparar grandes destaques da vida de Mano Eloy, entre eles: o título de Cidadão do Samba, concedido pela União Geral das Escolas de Samba do Brasil, em 1936, o jongo, Madureira, local onde hoje é a quadra do Império Serrano, o Sindicato da Resistência, o padroeiro São Jorge e a primeira sede da escola.
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