G.R.E.S Acadêmicos do Grande Rio desfila nesta primeira noite de desfile do Grupo Especial, neste domingo (19)Cléber Mendes

Rio - No primeiro dia de desfiles do Grupo Especial, a Mangueira fez o desfile mais impactante. Com um belo componente alegórico e com poucos erros, a Verde e Rosa foi mais constante que suas coirmãs. A atual campeã Grande Rio e o Salgueiro fizeram desfiles deslumbrantes, mas pecaram bastante em evolução. Império Serrano, Mocidade e Unidos da Tijuca foram as outras escolas que passaram na Avenida neste primeiro dia de desfiles.
Primeira escola a se apresentar neste domingo (19), o Império Serrano mostrou muita força alegórica para tentar permanecer no Grupo Especial. A escola da Serrinha fez uma homenagem a Arlindo Cruz, cantor, compositor e um dos grandes nomes da história da agremiação. Com um bom rendimento também nos quesitos de chão, o Império fez uma apresentação para orgulhar seus torcedores que sonham com a possibilidade da escola voltar aos seus melhores momentos.

Segunda escola a desfilar neste domingo (19) na Sapucaí, a Grande Rio, atual campeã do Especial, levou para a Avenida um desfile belíssimo. Com uma homenagem a Zeca Pagodinho, a escola de Caxias se destacou na beleza alegórica, apresentou fantasias que extremo bom gosto, contou com um excelente rendimento da bateria e o canto da comunidade foi muito forte. A parte negativa ficou por conta de alguns problemas de evolução, mas a comunidade da Baixada Fluminense pode sonhar com o bicampeonato.
Terceira escola a se apresentar neste domingo na Sapucaí, a Mocidade enfrentou bastante problemas de acabamento em seu desfile. A agremiação, que teve problemas financeiros durante a preparação para o Carnaval, apresentou alegorias e fantasias com problemas na confecção. O ponto positivo na apresentação ficou por conta da bateria da escola, comandada por mestre Dudu, que novamente deu um show na Avenida.
Comandada por Sérgio Lobato, a comissão de frente retratou um balé das águas "regido" por Iemanjá, representada pela atriz Juliana Alves, ex-rainha de bateria da escola. Ao se apresentar para os jurados, o grupo encenou aspectos fundamentais da cultura baiana, como o samba de roda e a procissão para Iemanjá, no dia 2 de fevereiro. A exibição foi enriquecida pela nova iluminação da Avenida, que apagou parte dos holofotes das arquibancadas e concentrou as luzes somente nos integrantes, o que gerou um belo efeito cênico. A apresentação teve, ainda, outro grande momento, quando Juliana Alves foi suspensa numa plataforma, dando a impressão que flutuava pelas águas.
Quinta escola a desfilar neste domingo, o Salgueiro levou para a Avenida um enredo inspirado nos "delírios" de Joãosinho Trinta, que foi campeão pela agremiação em 1974 e 1975, com temas oníricos e fora do óbvio. Em sua estreia na Academia do Samba, o carnavalesco Edson Pereira apostou numa proposta ousada, que impressionou com alegorias impactantes e fantasias luxuosas. O desenvolvimento do enredo, no entanto, esbarrou na falta de leitura de algumas alas.
Na estreia dos carnavalescos Annik Salmon e Guilherme Estevão, a Mangueira mostrou toda a diversidade e a riqueza cultural dos blocos, cortejos afro, embaixada e demais manifestações carnavalescas da Bahia. Impecável, o trabalho dos carnavalescos impressionou pela pesquisa e pelo colorido dos figurinos, além do bom conjunto de esculturas nas alegorias.