Fãs chegam para assistir o primeiro dia de Rock in Rio e estão ansiosos pelo show do Iron MaidenReginaldo Pimenta / Agência O Dia

Rio - A espera acabou! Os portões do Rock in Rio abriram às 14h desta sexta-feira (2) e os fãs já chegaram animados. O primeiro dia de festival tem a banda inglesa de heavy metal Iron Maiden como a atração principal. O professor Nuno Mergulhão, de 52 anos, foi o primeiro a chegar na fila. Desde às 4h na Cidade do Rock, ele e o filho Kevin Meira, 24, estão preparados para ficar até o final.
"Venho no show do Iron Maiden desde 85. Na primeira edição, eu tinha 15 anos e fiz de tudo para ver os caras. Desde então, só não vim em 2011, porque eu luto e estava com o nariz quebrado. Já fui em mais de vinte shows. Em todos, eu vou para a grade. Para mim, não é sacrifício chegar cedo. O objetivo é ver os ídolos de frente, ter contato visual, interagir... O Iron Maiden tem um setlist de clássicos, então fica complicado escolher uma. Mas, hoje, escolheria com 'The Wrinting on the Wal', que é do novo álbum deles, 'Senjutsu'. E 'Hallowed Be Thy Name', clássico que nunca vi faltar no setlist. Eu sou grato por poder viver na mesma época que esses caras", comentou o professor.
O estudante de física Vagner Augusto dos Santos, de 23 anos, tem escoliose e enfrentou uma viagem de quatro horas para assistir o Iron Maiden. Apesar das dificuldades de mobilidade, ele garante que nada vai impedir de ver os ídolos de perto.
"É minha primeira vez no Rock in Rio. A música que não pode faltar é 'Fear of the Dark'. Quero saber se vou ficar perto do palco ou para trás. Nos últimos shows, o espaço de acessibilidade é distante, acho que deveria ser na frente do público. Mas vou ficar na frente do palco. Quero ficar lá na frente, no meio do pessoal. Isso não me desabilita de ver meus ídolos", disse ansioso para o show da banda inglesa.
Pai, filho e primo encararam sete horas de estrada para ver a banda favorita dos três, o Iron Maiden. Ao lado do filho Eduardo, 16, e do advogado Heleno Brasil, 46, o professor Alexander Saluci, 48, disse que, ao final do último acorde da banda britânica, o trio volta para o Espírito Santo.

"Tudo vale a pena para ver o Iron, mesmo que, para isso, precisemos acordar de madrugada e encarar a estrada. Eu vim na edição de 2019, pela primeira vez. Desta vez, fiz questão de trazer meu filho e meu primo", disse.

O advogado Heleno disse que realiza o sonho de sua vida vindo ao Rock in Rio para ver a banda ao vivo.

"É um sonho de infância que eu nutro desde 1986. A gente fica velho e sempre diz que mais tarde vai realizar e sempre vai deixando para depois. Alexander tanto fez que me convenceu a tirar isso do papel, finalmente. A alegria é tanta que, no próximo, já prometi a minha filha Beatriz, de 13 anos, que ela vem comigo. Ela é tão fã quanto eu", afirmou.
O Rock in Rio é um festival que une os povos. Um trio de amigos, dois argentinos e um chileno, vieram de seus países para acompanhar os ídolos de perto. Conheceram-se, justamente, em um show de rock na capital da Argentina. Os "hermanos" Manuel Brion, empresário de 36, e Miguel Abalos, autônomo de 32, contam que vieram de carro de Buenos Aires até o Rio.
"É uma viagem linda. Viemos de carro, parando e conhecendo os lugares. E chegamos cedo à Cidade do Rock para que pudéssemos correr até a grade", contou.
O motorista chileno Luis Campillay, 34, disse que veio de avião vive à expectativa de poder ouvir as músicas mais clássicas do repertório do Iron Maiden.
"Por esses caras, tudo vale a pena. A sensação de poder ouvi-los ao vivo e de perto é algo sem igual. É uma emoção enorme que eu não consigo te descrever em palavras", desabafou.