Passageiros do Rock Express enfrentaram enormes filas na madrugada de domingo (4), na Cidade do Rock, Zona Oeste do RioReprodução/Redes sociais

Rio - A troca de turno dos motoristas dos ônibus do Rock Express no horário de pico foi o que causou as filas enormes na volta para casa do público do Rock in Rio, na madrugada deste domingo (4). Para evitar que o problema se repita nos próximos dias de evento, foi decidido em uma reunião, com a presença de representantes da Prefeitura do Rio, Subprefeitura de Jacarepaguá, da empresa responsável pelo Rock Express e os organizadores do festival, que a troca não será mais feita próxima ou após o fim do último show no Palco Mundo, quando a maior parte do público deixa a Cidade do Rock, na Zona Oeste do Rio.
"Eles vão melhorar a operação e fazer conforme instruímos: não fazer troca de turno no horário de pico", disse Talita Galhardo, subprefeita de Jacarepaguá, que esteve presente na reunião e que acompanha de perto a movimentação nos entornos da Cidade do Rock desde o primeiro dia de evento.
Já a organização do festival informou que, em função da chuva, a pressão do público para sair foi o dobro do habitual. "Somado a isso, estavam os semáforos avariados e acidentes de trânsito. Apesar disso, todo o serviço foi regularizado em uma hora e meia", disse o festival sem mencionar a troca de turno dos motoristas.
O público do Rock in Rio, que contava com os ônibus do Rock Express para voltar para casa na segunda noite de festival, enfrentou filas de até três horas de espera debaixo de forte chuva e frio. Passageiros relataram que houve desorganização nos horários de circulação dos transportes exclusivos do evento. 
Diversas pessoas que pagaram R$ 22 pelo ônibus Rock Express reclamaram nas redes sociais dos problemas enfrentados na madrugada deste domingo (4). "Há três horas saímos do Rock in Rio pra pegar o Rock Express, percurso que fizemos em menos de 10 minutos na vinda"; "Criem vergonha na cara e melhorem o Rock Express. Sair 1h30 para pegar o ônibus só 4h15 da manhã é desumano e fora da realidade. Nunca mais volto nessa bomba de festival"; "Nenhum show vale o sufoco que foi pegar o rock in rio Express de volta. Estou chegando em casa agora, quase 6 da manhã. Sai da Cidade do Rock às 2 da manhã"; "Vai pro Rock in Rio? Dica: não pegue o Rock Express. 4 da manhã e ainda não consegui voltar para o hotel, filas na chuva, frio, empurra empurra e todo o combo da pior experiência possível", escreveram alguns passageiros.
Veja vídeos:
Como funciona o Rock Express
A recomendação da organização do Rock in Rio é para que o público do evento chegue à Cidade do Rock por meio do Rock Express e do Primeira Classe. No caso do Rock Express, o serviço funciona a partir do meio-dia e o BRT não está autorizado a fazer o serviço para o festival.
Na ida, o Rock Express tem como local de embarque os terminais do Jardim Oceânico e Alvorada. O ponto de desembarque é o Terminal Olímpico (Cidade do Rock), que durante os sete dias de evento será de uso exclusivo do Rock Express. No momento do embarque, os usuários do serviço recebem uma pulseira de identificação que, no regresso para casa, apenas precisará mostrar para a equipe de apoio para, assim, acessar ao Rock Express. Na volta, o público embarca no Terminal Olímpico (Cidade do Rock) e tem como destino os terminais do Jardim Oceânico e Alvorada, onde podem fazer a conexão com o MetrôRio ou outras linhas de ônibus da cidade.
Já a Secretaria Municipal de Transportes do Rio informou que está monitorando o serviço de ônibus Rock Express, contratado pela organização do evento, e cobrando mais agilidade na saída dos shows, para reduzir os intervalos, além de aumentar o número de funcionários das equipes de apoio. "A SMTR está de prontidão em todos os locais de embarque e desembarque para auxiliar na operação. É importante ressaltar que o movimento de saída concentra número maior de pessoas num curto espaço de tempo e as filas e o tempo de espera será sempre maior que o da ida", disse por meio de nota.