Rainha Charotte (Golda Rosheuvel) - Netflix / Divulgação
Rainha Charotte (Golda Rosheuvel)Netflix / Divulgação
Por TÁBATA UCHÔA
A série "Bridgerton", lançada pela Netflix no dia 25 de dezembro, é o maior sucesso. A plataforma de streaming anunciou, nesta terça-feira, que até o final de janeiro pelo menos 63 milhões de lares terão dado play na série.
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Caso o número seja confirmado, "Bridgerton" ficará em quarto lugar entre os lançamentos mais bem-sucedidos da plataforma, perdendo apenas para a primeira temporada de "The Witcher", a quarta temporada de "La Casa de Papel" e a primeira temporada de "Tiger King". 
"Bridgerton" é baseada nos livros da autora americana Julia Quinn, conhecida por escrever romances de época. A primeira temporada da série, produzida por Shonda Rhimes, tem como base o livro "O Duque e Eu", que saiu no Brasil pela editora Arqueiro em 2013. 
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Na trama, Simon Basset, o irresistível duque de Hastings, acaba de retornar a Londres depois de seis anos viajando pelo mundo. Ele logo se torna alvo das mães casamenteiras, mas não tem a intenção de se casar. É quando entra em cena Daphne Bridgerton, a irmã mais nova de seu melhor amigo. Apesar de espirituosa e dona de uma personalidade marcante, todos os homens que se interessam por ela são velhos demais, pouco inteligentes ou destituídos de qualquer tipo de charme. E os que têm potencial para ser bons maridos só a veem como uma boa amiga. Eles então fazem um pacto que pode ser proveitoso para os dois e Simon finge estar fazendo a corte a Daphne para que ela consiga mais atenção dos homens solteiros e ele fique livre das mães casamenteiras. 
Representatividade
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Como não poderia deixar de ser, livro e série apresentam algumas diferenças. No entanto, todas as mudanças foram para melhor e conseguiram deixar a trama ainda mais interessante. Uma das mudanças que mais chamaram atenção dos fãs do livro foi o fato de Shonda Rhimes conseguir trazer representatividade para uma série ambientada na alta sociedade londrina do século 19. 
O Duque de Hastings, muito bem interpretado por Regé-Jean Page, e a Rainha Charlotte (Golda Rosheuvel) são ótimos exemplos disso. O showrunner Chris Van Dusen, que adaptou a série de livros para as telas, se baseou na própria história para trazer personagens negros nos papéis principais. Existem evidências de que a Rainha Charlotte da vida real era negra. 
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Polêmica
Mas as polêmicas não ficaram de fora. Uma cena foi muito criticada tanto nos livros quanto na adaptação da Netflix.
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ALERTA DE SPOILER ABAIXO:
Em uma das cenas, quando a inocente Daphne finalmente descobre como os filhos são gerados, ela acredita que seu marido a está passando para trás. Simon realmente utiliza um "método" que atualmente é conhecido como "coito interrompido". 
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No livro, Daphne aproveita um momento em que o marido está bêbado para ter uma relação sexual com ele sem o coito interrompido e conseguir engravidar. Tal prática foi considerada por leitores como "estupro de vulnerável". 
A cena também está presente na série e causou repercussões negativas nas redes sociais. "A Daphne estuprou sim. Amenizar a cena não adiantou nada", disse uma internauta no Twitter. 
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O showrunner Chris Van Dusen falou sobre a polêmica cena em entrevista a "Entertaiment Weekly". "Tivemos muitas conversas sobre esse incidente específico no livro. Eu sempre disse que essa primeira temporada, se tivesse um subtítulo, seria 'A Educação de Daphne Bridgerton'. Esse incidente realmente está de acordo com o resto da história - o tema abrangente em que ela começa como uma debutante inocente, de olhos arregalados e perfeitos. Nós vamos a ver crescer e se tornar essa mulher que consegue se livrar de todas as restrições que a sociedade a impôs, e ela realmente descobre quem ela é e do que é capaz".