Em sua estreia, Linda Holmes fala sobre amor, amizade e a busca pela felicidade
Por TÁBATA UCHÔA
Evvie Drake é uma mulher que chegou ao limite. Após anos aturando um marido abusivo, ela decide sair de casa às escondidas. De outra forma, ela sabe que não teria coragem. No entanto, quando ela está colocando as malas no carro, pronta para começar uma nova vida, uma ligação muda tudo. Seu marido acabou e sofrer um acidente de carro e ela precisa correr para o hospital.
Esta é a premissa de "Não É Errado Ser Feliz" (Ed. Intrinseca. R$ 44,90), livro de estreia da autora Linda Holmes, que fala sobre recomeços. Apesar de estar de luto pela morte do marido, Evvie não sente falta dele e se sente mal quando as pessoas acreditam que ela esteja sofrendo por sua morte. Sem saber o que fazer da vida, ela acaba alugando o anexo de sua casa para Dean, um ex-arremessador de beisebol que não consegue mais fazer o seu ofício. De início, os dois vão se tornando amigos e depois a relação entre eles vai evoluindo.
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Apesar de parecer mais um romance como tantos outros, esse é o diferencial de "Não É Errado Ser Feliz": O relacionamento entre os protagonistas funciona muito bem e o leitor acompanha a amizade de se transformar em amor. Não é um caso de amor à primeira vista. É um caso de amor sendo construído, o que acaba se tornando muito mais interessante.
Tanto Evvie quanto Dean têm questões com as quais lidar e o nascimento de um romance entre eles não é a solução para todos esses problemas. O romance traz mais cor à vida dos personagens, mas eles ainda precisam lidar com seus "demônios".
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"Não É Errado Ser Feliz" é um livro que fala sobre recomeços, sobre se permitir dar um novo rumo à vida quando tudo parece sem solução e sobre a busca da felicidade. Apesar de abordar também o tema do relacionamento abusivo, a leitura é leve e envolvente e deixa o leitor com um sorriso no rosto ao final.