Rio - Fernanda Montenegro, de 91 anos, é a única inscrita para concorrer a cadeira 17 na Academia Brasileira de Letras (ABL). Nomes como Roquette Pinto, Álvaro Lins e Antônio Houaiss já ocuparam o assento dos imortais - como são chamados os membros da Academia. O fato de não haver nenhuma outra candidatura foi entendido como uma homenagem à carreira e à trajetória da atriz. O prazo para novas candidaturas já chegou ao fim. A veterana tomará posse logo depois que a Academia voltar do recesso de final de ano, em março de 2022.
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As cadeiras 2, 12 e 20 também estão vagas. O músico Gilberto Gil é um destaque entre os concorrentes. De acordo com o estatuto da Academia Brasileira de Letras, para alguém se candidatar é preciso ser brasileiro nato e ter publicado, em qualquer gênero da Literatura, obras de reconhecido mérito ou, fora desses gêneros, livros de valor literário. Seguindo o modelo da Academia Francesa, a ABL é constituída por 40 membros efetivos e perpétuos - sendo chamados de imortais. Além deste quadro, existem 20 membros correspondentes estrangeiros.
Quando um membro da ABL morre, a cadeira se torna vaga na Sessão da Saudade e, a partir de então, os interessados possuem dois meses para efetuar sua candidatura, através de carta ao Presidente. A eleição feita por "escrutínio secreto" (um exame minucioso) transcorre sessenta dias após a declaração da vaga.
Fernanda Montenegro tem uma extensa lista de participações em produções de teatro, cinema e televisão. A veterana lançou, em 2019, o livro "Prólogo, ato, epílogo - Memórias", lançado em 2019 pela Companhia das Letras. A artosta foi a primeira representante latino-americana e única brasileira a receber uma indicação ao Oscar como Melhor Atriz, por "Central do Brasil", além de ser a primeira brasileira a ganhar o Emmy de Melhor Atriz, por "Doce de mãe".
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