Rio - O livro "Mulheres que correm com os lobos", da autora norte-americana Clarissa Pinkola Estés, publicado no Brasil pela editor Rocco, teve um crescimento de 21% nas vendas, entre janeiro e fevereiro, segundo dados da Nielsen. Publicado pela primeira vez em 1989, o livro foi citado pela influenciadora digital Jade Picon no "BBB 22'.
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Nas primeiras semanas de confinamento, Jade disse que se fosse um animal, gostaria de ser um lobo. "É um animal super instintivo, criado em matilha, então está sempre com pessoas próximas. E forte, né? Observador... Eu me identifico. Já leu o livro 'Mulheres que correm com os lobos'? É top", afirmou a influenciadora digital.
Mas o sucesso de "Mulheres que correm com os lobos" não se deve apenas a Jade Picon. O livro foi a obra de não ficção mais vendida de 2021. Segundo a Nielsen, foram 200 mil exemplares, o que corresponde a quatro livros a cada 10 minutos.
Abordando 19 mitos, lendas e contos de fada, como a história do patinho feio e do Barba-Azul, Estés mostra como a natureza instintiva da mulher foi sendo domesticada ao longo dos tempos, num processo que punia todas aquelas que se rebelavam. Segundo a analista, a exemplo das florestas virgens e dos animais silvestres, os instintos foram devastados e os ciclos naturais femininos transformados à força em ritmos artificiais para agradar aos outros.
Mas sua energia vital, segundo ela, pode ser restaurada por escavações psíquico-arqueológicas' nas ruínas do mundo subterrâneo. Até o ponto em que, emergindo das grossas camadas de condicionamento cultural, apareça a corajosa loba que vive em cada mulher.
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