Carla Diaz - Dessa Pires
Carla DiazDessa Pires
Por Isabelle Rosa
Rio - Em breve será possível ver Carla Diaz em dose tripla na TV Globo. É que a atriz está entre os participantes do 'Camarote' do Big Brother Brasil 21, que estreia nesta segunda-feira, dia 25, na Globo. Antes de entrar no confinamento, ela concedeu uma entrevista ao Dia e chegou a dar uma 'dica' sobre sua presença na atração ao ser perguntada sobre os projetos para este ano. 'Tem outros projetos caminhando, mas que ainda é cedo para falar (risos). Esse ano está cheio de novidades boas", destacou.
Além disso, Carla está no ar nas reprises de ‘Laços de Família’, gravada quando ela ainda era uma criança, e ‘A Força do Querer’, onde aparece como um mulherão. "É uma delícia! Passa um filme na cabeça! Amei fazer 'Laços de Família', foi minha primeira novela na Globo e tenho lembranças maravilhosas! Toda vez que assisto, me divirto e morro de saudade. De lá para cá tanta coisa aconteceu... tantas outras personagens vieram, no teatro, na tv... E a Carine foi muito especial. Ali pude mostrar para o público e até para mim mesma que posso fazer diversos tipos de personagem. Com certeza depois da Khadija, a Carine foi outro presente da Glória Pérez para mim. Sou muito feliz e grata pelas minhas oportunidades profissionais", comemora.
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A atriz confessa que tem um carinho especial por essas personagens. "Muito carinho por cada uma delas. Com cada uma foi um aprendizado, um momento. Seria injusto destacar uma ou outra como preferida. Cada uma delas tiveram valores importantíssimos no meu ofício e crescimento profissional, fora que cada uma também marcou uma fase da minha vida".

Descoberta e cura do câncer
Durante o isolamento social, Carla descobriu um câncer na tireoide e compartilhou a notícia com seus seguidores nas redes sociais. Curada da doença, ela falou que chegou a sentir muito medo de seu diagnóstico. "Claro! Muito medo. Assim que soube, meu mundo caiu. Entrei no carro e me acabei de chorar. Não é fácil receber um diagnóstico desse. Mas depois respirei fundo e pensei: 'vamos lá fazer o que tem que ser feito'. Minha mãe foi muito importante nesse momento ", disse ela, que em nenhum momento perdeu a fé. "Sempre fui uma pessoa de muita fé. E ela foi muito importante nas fases mais difíceis. Tive medo, mas nunca perdi a esperança de que sairia bem. Acredito muito em energia e o pensamento positivo também me ajudou a atravessar essa fase difícil. Tudo tem um propósito e o meu foi aprender a valorizar as coisas mais simples da vida, a me olhar e a me cuidar mais. O nosso corpo fala, por isso, temos sempre que estar atentos a ele".
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Documentário
Após descobrir um câncer, a atriz ainda lançou o documentário ‘Metamorfose’, em que mostra sua trajetória desde descoberta do nódulo maligno até a recuperação. "Passado todo o processo, já recuperada, decidi dividir a minha experiência com outras pessoas que passam pelo que eu passei. Quando descobri o nódulo, comentei nas minhas redes sociais e me surpreendi com as diversas mensagens de pessoas que estavam no mesmo momento em que eu e outras que superaram e se curaram. E assim como foi importante para mim tantos incentivos positivos, quis dividir esse momento delicado com meus fãs no 'Metamorfose' e mostrar que o câncer tem tratamento, que é possível vencer como eu venci. Sofri com a falta de informação na internet. Essa cirurgia que fiz é muito inovadora e eu queria poder disseminar essa informação, ajudar quem está passando por isso", explicou.
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Filme de 'Suzane von Richthofen'
Carla Diaz deu vida a Suzane von Richthofen nos cinemas nos filmes 'A menina que matou os pais' e 'O menino que matou meus pais'. Com a pandemia, os longas ainda não têm previsão de estreia. No entanto, a atriz conta como foi a experiência de dar vida a 'personagem da vida real'. "Não foi um personagem fácil. Como atriz, foi desafiador, por se tratar de um caso real, um dos crimes mais estarrecedores que já vimos no nosso país. Li tudo sobre o caso incansavelmente, porque os roteiros dos filmes são baseados nos autos do processo, então foi um longo trabalho de preparação. Fora que são dois filmes com dois pontos de vista diferentes, ou seja, tivemos que construir versões da mesma personagem", disse ela. A atriz ainda contou qual foi a cena mais difícil de ser gravada para ela. "Em primeiro lugar, eu tive que me distanciar do meu julgamento pessoal em relação ao caso, para poder interpretar com veracidade a personagem, essa foi a principal parte da preparação, porque realmente é uma história pesada. A sequência de cenas que mais me marcou foi a do julgamento, porque fizeram o cenário igual, e também tinha a participação de uma grande figuração, foi um final de semana longo de gravação e de muita emoção".