
Tudo! Tanto que a outra está aqui, continua a mesma coisa, nada mudou. A vida continua a mesma bagunça. Quando a gente pensa que o país vai melhorar, ele entra numa bagunça terrível, quando a gente pensa que o país terá uma saúde maravilhosa, vem essa bagunça. O Cristo Redentor continua de braços abertos, mas vemos muito ódio.
Não, tenho amor e agradeço por tudo o que passei e que me fez ser essa mulher.
Nas suas redes sociais você postou uma foto da década de 70. Foto linda em que aparece sem os cabelos. Que espaço a vaidade tem na sua vida?
Sou muito vaidosa porque eu me cuido para vocês, o público, e para mim. As pessoas merecem isso, me ver maquiada, bem penteada, bem cuidada.
Você não se cala, pelo contrário, a sua voz potente amplifica muitas vozes. Você já nasceu ativista? Você acha que ser artista é ser ativista?
Sim. Quem tem o microfone na mão tem liberdade de falar, então eu acho que ele tem que se expressar sempre. Calar é absurdo.
'My Name is Now' é o nome do seu documentário lançado em 2014. Quem vive de passado é museu?
Eu acho que passado é passado, meu nome tem que ser agora, o que eu tô vivendo com você agora. O que adianta eu pensar no que vivi lá atrás, se estou com você aqui e agora?
A cada duas horas uma mulher é vítima de feminicídio no Brasil e infelizmente a violência doméstica é muito presente nos lares brasileiros. O que você diria a essa mulher que sofre violência?
Eu sempre digo o seguinte: não se cale pelo amor de Deus! Não tenha medo de ir à luta, vá à frente, não se permita pancadas, não permita maus tratos, 180 é o número (fazendo referência ao telefone para denúncia gratuita e anônima de violência contra a mulher).
Você não tem idade, você vive! O que Elza Soares quer viver em 2020?
Não sei. Eu sei que quero estar aqui falando com você, falando com as pessoas e que Deus me permita se feliz.