Além disso, há problemas ligados diretamente à vida sexual da mulher que podem ser prevenidas e tratadas com o acompanhamento do ginecologista.
A falta de libido é uma queixa frequente e muitas mulheres associam esse problema unicamente a um desequilíbrio hormonal. Dr. Crispi Jr. explica que nem sempre esta é a causa real da falta de apetite sexual.
- Quando se faz uma investigação minuciosa, a gente percebe que muitas pacientes estão em uma relação pouco prazerosa, como por exemplo: muitas sentem dor durante a relação. Em alguns casos, o parceiro não consegue fazer preliminares com adequado estímulo clitoriano, que possibilitem a excitação máxima (lembrando que o clitóris é o órgão sexual feminino de maior sensibilidade, maior responsável pelo prazer), então é preciso procurar um médico porque nem sempre trata-se de uma questão hormonal – ressalta o especialista.
Muitas vezes a paciente precisará de acompanhamento multidisciplinar, que envolve, além do ginecologista, psicólogo, fisioterapeuta, psicólogo e outros.
A dor na relação sexual, chamada de dispareunia, é uma reclamação bastante frequente entre as mulheres e um dos principais fatores para que a mulher não tenha desejo sexual. Dr. Crispi Jr. explica que este desconforto pode se manifestar de duas maneiras:
- Dispareunia superficial: se manifesta como uma ardência/desconforto no início da vagina
- Dispareunia profunda: quando o pênis entra em contato com fundo vaginal provocando muita dor
A ausência do orgasmo nas mulheres é um problema conhecido como impotência sexual feminina (transtorno de orgasmo ou anorgasmia).
- Enquadram-se nestes casos, as mulheres que sentem desejo, são estimuladas corretamente e, no entanto, não conseguem alcançar o orgasmo, nem sozinhas, por meio da masturbação ou com o parceiro ou parceira – explica.
Essa é uma das questões que mais levam à frustração conjugal, necessitando muitas vezes de um acompanhamento multidisciplinar.
- Esse assunto sempre será importante, especialmente entre as mulheres mais jovens. Algumas mulheres ainda acreditam que o uso de anticoncepcional previne algumas doenças sexualmente transmissíveis e sabemos que isso não é verdade- exemplifica o ginecologista.