Rio - Estamos no Outubro Rosa, o mês dedicado para alertar sobre o câncer de mama. Para nós, mulheres, essa conscientização deve começar desde cedo, não podemos nos descuidar! O câncer de mama é o tipo que mais atinge mulheres no mundo, depois do câncer de pele não melanoma. A boa notícia é que, quando o diagnóstico é feito na fase inicial, as chances de cura chegam a 95% dos casos. Para saber mais sobre o trabalho de conscientização, conversei com a chefe do serviço de Mastologia do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), Juliana Murteira.
"A detecção precoce é fundamental para o sucesso do tratamento, além de permitir a adoção de tratamentos menos agressivos. A campanha tem o papel fundamental de alertar mulheres em todo o mundo sobre a importância da realização da mamografia, exame capaz de identificar a presença de lesões nas mamas, mesmo as muito pequenas. Com a pandemia, muitas mulheres deixaram de fazer seus exames de rotina. Devemos voltar a realizar o rastreamento o quanto antes. Não sabemos qual será o real impacto desse atraso no diagnóstico, mas muitas mulheres podem ter suas chances de cura reduzidas", explica a especialista.
O envelhecimento é um fator importante para o aparecimento desse tipo de câncer — o risco aumenta em 10 vezes a partir dos 60 anos, mas fumar, se alimentar mal, estar acima do peso, ingerir álcool com frequência, ser sedentário e usar hormônios sintéticos na menopausa também são fatores de risco que podem ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis.
A mamografia é considerada um dos principais aliados para a detecção precoce de um tumor. "O exame de rastreamento é aquele realizado na pessoa que não apresenta nenhum sinal ou sintoma de doença na mama. O ideal é descobrir a lesão antes mesmo que a paciente possa perceber qualquer alteração na mama", explica a médica.
A definição do tratamento do câncer de mama vai depender de cada caso. "Varia de acordo com o tipo, tamanho e localização do tumor, do estágio da doença e de outras questões relacionadas à saúde da paciente", esclarece Juliana.
