Ana Ribeiro é primeira mulher a chefiar a Subprefeitura da Zona Sul do RioDivulgação

Por O Dia
Ela é carioca, tem 56 anos e foi criada no Morro dos Cabritos, em Copacabana. Sua mãe era líder comunitária na favela onde moravam. Cresceu apaixonada pelo samba e pelo carnaval, desfilando pela escola de samba Unidos da Villa Rica, com sede no Morro do Tabajaras. Em uma época em que o preconceito no esporte era ainda maior, foi jogadora de futebol de praia feminino pelo Flamengo, onde seguiu carreira até os 30 anos. Aos 48, se formou em assistência social por acreditar que nunca é tarde para seguir os sonhos. Hoje Ana Ribeiro é a primeira mulher a chefiar a Subprefeitura da Zona Sul do Rio. Vamos conhecer um pouco mais sobre essa mulher de pura garra e determinação?
Conta um pouco sobre a sua trajetória?
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Sou carioca, sempre tive muita energia e sou muito detalhista, observadora. Fui jogadora de futebol em uma época que não era comum e o esporte me empoderou muito. Comecei há 30 anos na política seguindo os passos da minha mãe, que era líder comunitária. Dona Marli, minha mãe, é um grande exemplo de poder feminino para mim. Tenho um perfil agregador, gosto de unir as pessoas e de ajudar. Isso é diário e faz parte da minha vida dentro e fora de casa.
Você foi criada em uma comunidade e entrou na política. Como está sendo essa experiência para você?
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Intensa. Mesmo com toda experiência de vida e de bastidores na política, aprendo com as pessoas. Quero funcionar para o asfalto e também para a favela, a minha raiz me faz entender e ter um olhar especial para as comunidades, que venho integrando a projetos parceiros. Tenho o DNA do prefeito e para trabalhar com o Eduardo Paes tem que ter pique 24 horas. Somos ativos e interativos. Escutar e agir para entregar da melhor maneira. Eu amo o que faço e me dedico de corpo e alma.
Quais são seus planos para o futuro? Você se considera um mulherão?
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O futuro é agora! Eu não vim ao mundo à toa, eu vim para marcar presença, se isso é ser considerada um mulherão, então eu sou. Sou corajosa, independente, cheia de energia e empoderada.
O que falta para as mulheres ocuparem mais espaços no mercado de trabalho e na política?
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O mercado avançou em relação à mulher, mesmo sabendo da nossa alta capacidade de fazer e resolver várias coisas ao mesmo tempo. Vai além da qualificação, tem a sensibilidade e intuição, temos muito a oferecer. Devemos seguir investindo na nossa autoestima e capacitação. Eu trabalho em um meio que é majoritariamente masculino e não deixo que isso me oprima. Acho que as mulheres devem se unir ainda mais e acreditar no seu potencial. Fico feliz de ver que o mundo está se movimentando para isso.
Qual recado você deixaria para nossas leitoras? Existe receita para o sucesso?
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A receita e o recado é seguir em frente e se enxergar no futuro que você almeja. Nós temos que estar preparadas para abraçar o nosso momento quando ele chegar. A vida é feita de escolhas e cada um é responsável pelas suas. As minhas me trouxeram até aqui.