No ‘Mulherão' de hoje vamos falar sobre a carreira vitoriosa de uma filha e o olhar carinhoso de um pai. Estou falando de Ana Botafogo, nossa eterna bailarina; e do cirurgião Ernani Ernesto Fonseca, pai dessa diva. Testemunha ocular de sua dedicação ao balé, Ernani reuniu um rico material no livro ‘Ana Botafogo: palco e vida’, que será lançado na próxima terça-feira (1), 16h, numa tarde de autógrafos no Theatro Municipal do Rio. O melhor de tudo é que parte da venda será destinada à reforma da maternidade do Hospital Municipal Miguel Couto.
A obra foi baseada em recordações e registros da imprensa e levou 15 anos de pesquisa. Nela, Ernani reconstrói momentos marcantes da vida pessoal e profissional da primeira bailarina. Coisa mais linda! Afinal, quem é que nunca se emocionou com o protagonismo de Ana em espetáculos como ‘O lago dos cisnes’ e ‘O quebra-nozes’, por exemplo?
E, meninas, vocês sabem o que mais me encanta? É ver essa união entre pai e filha. Algo que que está mais raro hoje em dia, não acham? No caso da Ana, ela sempre teve o máximo de suporte. “Minha família sempre me apoiou muito. Meu pai é um entusiasta. Ele pesquisou sobre tudo o que aconteceu de mais importante na dança, não só no Rio, mas no Brasil. No livro, ele retrata cada gota do meu suor”.
Aos 95 anos, Ernani traz à tona histórias que atestam a devoção de Ana à dança desde o primeiro tutu, que aparece numa foto já no começo do livro. O ponto de partida é o nascimento de sua primogênita, em 1957. “Proponho contar a história que ainda não foi contada e que, presumivelmente, jamais seria, pois, em grande parte, pertence ao acervo exclusivo de minhas recordações. O que sei, o que vi, o que senti e o que muitas vezes deduzi da vida particular e artística de minha filha, durante os anos em que eu e sua mãe a acompanhamos quase dia a dia”.
Um detalhe, meninas: o livro só foi possível graças à uma parceria com o ‘Bees of Love’, entidade privada que auxilia pessoas em vulnerabilidade social, e esse ‘mulherão’ chamada Ana Botafogo. Atitude maravilhosa!
BELEZA DA ALMA
"A mulher deve ser lentamente decifrada, como o enigma que é: encanto a encanto" - Coelho Neto
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.