Andressa posa ao lado de uma de suas telas expostas no Museu de Arte do Rio (MAR) Reprodução/Instagram

Olá, meninas!
Não sei se vocês, assim como eu, sempre que podem param para admirar os graffitis que ajudam a embelezar a cidade maravilhosa. Eu fico encantada com o talento que esses artistas têm. Vocês devem ter visto que na última semana recebi no palco do ‘Vem com a Gente’, na Band, alguns deles: Airá OCrespo, André Rongo e Andressa Gandra (22), que claro, é o nosso ‘Mulherão’ de hoje.
Moradora da Pavuna, na Zona Norte do Rio, ela merece o reconhecimento de toda a sociedade não somente pela mulher de fibra que é, mas também pela transformação visual que está promovendo no bairro em que vive. Acompanhada por um grupo de amigas, Andressa criou o projeto ‘Cores da Pavuna’, que leva arte aos muros das escolas públicas. A justificativa ela tem na ponta da língua. “Vi que durante a pandemia as escolas estavam um pouco esquecidas. Daí, quis trazer um pouco de arte, de vida. Nosso objetivo, através da arte, é para que as crianças despertem o desejo de estarem na escola, não fora dela”.
A relação direta com a arte urbana nasceu recentemente, em fevereiro de 2020. Andressa já havia pintado algumas telas e também chegou a iniciar no meio musical. A mudança aconteceu quando quis aspirar liberdade. “Sempre gostei de ser independente e foi isso que me aproximou do graffiti. Diferentemente da carreira musical que dependeria sempre de outras pessoas para que eu pudesse criar. Por outro lado, eu tinha muitos medos. Na rua você está sujeita a muitas coisas”.
Foi um momento de superação, né, meninas? Hoje, Andressa é destaque e não é à toa. Tem obras expostas no Museu de Arte do Rio (MAR), no Museu do Graffiti, que fica na Pavuna, já participou de mutirões em diversos bairros do Rio, e ainda é só o começo. As ideias não param de fervilhar. Ela tem ainda outros dois projetos que ensinam crianças e adolescentes a transformar seu meio em um ambiente mais colorido e menos cinza.
“São murais educativos, de representatividade. A arte, além de ajudar no cotidianos das pessoas, muda realidades. A pessoa que tem uma referência artística pode pensar por outros ângulos. O graffiti, por exemplo, traz a coletividade. Quando enxerguei isso, comecei a me conscientizar que eu poderia transformar meu bairro através das pinturas. O primeiro foi o muro da vizinha, depois o muro da oficina, e aos poucos os muros estão virando tela”.
E então, meninas, se identificaram de alguma forma com a história da Andressa? Me digam, ela não é um exemplo para muitas de nós?