A sacerdotisa da filosofia budista coleciona milhões de seguidores nas redes sociais, mais de 500 mil livros vendidosReprodução/Instagram

Olá, meninas!
Toda semana, eu trago para vocês histórias inspiradoras de mulheres que lutam, que se doam ou que, simplesmente, enxergaram uma oportunidade e se agarraram a ela para mudar a própria vida e a dos que as cercam. Hoje, eu também vou falar de uma mulher que inspira as pessoas por outros meios. Através do silêncio. Estou falando da Monja Coen, uma brasileira que fundou a comunidade Zen Budista do Brasil, em 2001, em São Paulo. Coen é um dos maiores nomes desta filosofia no país. Contar a história dela também é falar de coragem.
Cláudia Dias Baptista de Souza nasceu em 1947, em São Paulo, e foi criada no cristianismo. Chegou a atuar como repórter em alguns jornais da cidade, mas tudo mudou ao estudar o Budismo no Zen Center of Los Angeles, em 1983. De lá, a monja partiu para o Japão, onde se converteu à tradição budista, deixando para trás uma vida que ela já não se encaixava mais. Em 1995, ela retornou ao Brasil e liderou atividades no Templo Busshinji. Foi nesse período que Monja Coen se tornou a primeira mulher de ascendência não-japonesa a assumir a Presidência da Federação das Seitas Budistas do Brasil.
Durante boa parte dos seus 74 anos, a monja se dedicou a falar sobre a paz interior, a harmonia entre os seres vivos e o autoconhecimento. Mais de 300 discípulos se formaram através dos ensinamentos dela, mas muitos de seus conhecimentos podem ser acessados por nós. É que Monja Coen também está presente nas redes sociais, onde instrui pessoas a ressignificar a própria vida, como neste trecho que trago para vocês de um vídeo postado por ela.
"E por isso eu insisto sempre em dizer: não percam tempo. É hora de dar a virada. A virada interna, a virada do seu coração. De acolher as pessoas como elas são, porque elas não são sempre do mesmo jeito. Aos poucos, você vai criando causas e condições de elevá-las para níveis superiores de consciência, de uma consciência maior".
A Coen já escreveu diversos livros e também participa de encontros educacionais, culturais e inter-religiosos, para divulgar o princípio da não violência. A ideia é criar uma cultura de paz, justiça, cura da Terra e de todos os seres vivos. Interessante, né, meninas? Afinal, depois de tempos tão difíceis como estes que a gente viveu, uma palavra que gera paz e autoconhecimento vem em boa hora. Por isso, pessoas como Monja Coen são tão importantes para a nossa sociedade.