Hoje comemoramos mais um dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher. Somos guerreiras, mães de família, empreendedoras e trabalhadoras, por isso, neste dia especial para todas nós, vou contar a história de quatro MULHERÕES que são um exemplo de vida e superação.
Empreendedoras na pandemia
“Você já tem quase 50 anos e vai ser muito difícil empreender do zero. Deveria procurar uma estabilidade”. Essa foi a frase dita para a relações públicas Marcia Leite, de 49 anos, em um dos períodos mais desafiadores de sua trajetória: uma demissão em plena pandemia. Sem chão e se vendo menos capaz de que outros concorrentes mais jovens, ela viu no empreendedorismo um caminho para um antigo projeto: criar um hub de comunicação que conectasse pessoas por suas habilidades e histórias profissionais, dando origem à empresa Comunica Hub.
Um cenário bem parecido aconteceu com a executiva Alicia Perez. Adepta aos esportes e conectada com estudos e práticas espiritualizadas, profissional se viu em uma crise de Bournot e em uma depressão profunda. “Fui afetada como nunca achei que seria na vida. Aconteceu nos campos mental, espiritual e no meu corpo físico. De modo geral, nós temos a obrigação de estarmos inteiras no trabalho e em casa onde, muitas vezes, somos a estrutura mais forte do pilar familiar”, diz Alicia.
O que elas têm em comum, além do fato de terem se conectado pelo trabalho há poucos meses? Apesar de cruel, o julgamento dos “quase 50” chegou para ambas, ainda que em situações diferentes, as duas se tornaram empreendedoras e hoje colecionam sucesso.
Na deficiência um impulso para ajudar outras mulheres
Mulheres se ajudam, se apoiam e podem contar umas com as outras. Esse foi o caminho escolhido por Carolina Ignarra. Após um acidente de moto que a deixou paraplégica, ela fez de sua história de superação uma transformação em sua carreira profissional e de muitas outras mulheres com deficiência no Brasil e na América Latina. Decidiu ajudar essas mulheres e fundou o grupo Talento Incluir. Grupo de diversidade e inclusão, pioneiro no Brasil, que já inseriu mais de 8 mil pessoas com deficiência no mercado de trabalho.
Carolina já foi eleita uma das "20 Mulheres Mais Poderosas do Brasil" pela Forbes e "Melhor Profissional de Diversidade do Brasil" pela revista Veja. E hoje ela também atua pela inclusão de profissionais com mais de 45 anos no mercado de trabalho, em busca de recolocação.
Pé na estrada e nos projetos sociais
Muitas pessoas sentem vontade de largar tudo o que tem e sair pela estrada viajando, em uma moto, conhecendo pessoas e novas histórias. Nem sempre é uma decisão fácil, mas Raquel Stein, publicitária de 32 anos, não pensou duas vezes. Com o fim de seu contrato de trabalho e, também, de seu relacionamento. Ela decidiu seguir por toda costa brasileira, para dar voz aos projetos sociais de impacto em suas comunidades, e assim nasceu o Riding For Impact.
A motociclista já percorreu mais de 10 mil quilômetros em 65 dias de viagem e conheceu e apoiou grandes projetos. Alguns deles com impacto na vida de mulheres em situação de vulnerabilidade, como é o caso do Projeto Chama, com foco na promoção e proteção social de mulheres, principalmente à causa da maternidade.
Raquel também conheceu o Centro Huwa Karu Yuxibu, fundado em 2015 pelo Cacique e Lider Espiritual Mapu Huni KuI, onde atendem famílias indígenas que residem e estão em vulnerabilidade social na cidade de Rio Branco (AC). Outro projeto social de impacto que a motociclista visitou foi o Playninhos, que promove a inclusão social e estimula as crianças e jovens da Praia do Preá através do Kitesurf.
Que histórias inspiradoras, não é mesmo, meninas? Que tenhamos cada vez mais coragem, garra, vontade de seguirmos adiante, conquistando mais e mais. O nosso lugar é aonde quisermos, os nossos horizontes não podem ser limitados. Seja qual for a nossa área de atuação, dos maiores destaques aos lugares mais simples, não somos apenas mulheres. Somos MULHERÕES diariamente. Somos nós que enchemos o mundo de vida, em uma mistura de sensibilidade e força.
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