Dia Internacional de Combate ao Câncer de Ovário é celebrado no próximo dia 8 de maioDivulgação

Olá, meninas!
Hoje vamos falar de um assunto muito importante para todas nós! A prevenção e o cuidado com o nosso corpo. Inchaço abdominal, indigestão frequente, prisão de ventre ou, ao contrário, diarreia. Esses são sintomas muito comuns para nós mulheres, não é mesmo? Que mulher nunca passou por estes desconfortos? Mas, atenção, se eles forem recorrentes, é preciso desconfiar e procurar atendimento médico. Esses sintomas podem ser câncer de ovário. Esta semana, no mundo inteiro, celebramos o Dia Internacional de Combate ao Câncer de Ovário, no dia 8 de maio. Este ano a campanha de conscientização é celebrada na mesma data do Dia das Mães.
Segundo tipo de câncer ginecológico mais comum, os tumores no ovário devem acometer 6.650 mulheres no Brasil em 2022, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Eles só ficam atrás do câncer de colo de útero. Mas, ao contrário deste, que pode ser facilmente identificável através do exame de Papanicolau, o câncer de ovário é de difícil detecção. Para reforçar a prevenção e as informações sobre essa doença grave, o oncologista Gustavo Bretas, do Hospital Marcos Moraes, explica quais são os sinais e tratamentos para esse tipo de câncer.
“Como tem sinais pouco específicos, que podem ser confundidos com os de várias outras doenças, ele é considerado silencioso. Geralmente, quando descoberto, o tumor já está em estágio avançado, dificultando o tratamento”, diz Bretas.
Por isso, é importante alertar as mulheres para a importância do diagnóstico precoce e reforçar a importância da conscientização. Para ajudar, o oncologista responde as principais dúvidas sobre o assunto.
Quais são os principais sintomas?
Entre os sinais possíveis estão inchaço abdominal, dores, indigestão, sensação permanente de saciedade e perda de apetite. O sangramento vaginal ocorre apenas em alguns casos. Sintomas intestinais, que podem ser desde prisão de ventre a diarreia, também costumam acontecer.
Existe uma faixa etária mais atingida?
Normalmente, são mulheres acima de 60 anos, na pós-menopausa, as mais acometidas. Quanto mais idosa, maiores são as chances de desenvolver câncer de ovário. Não são comuns, mas há casos da doença também em pacientes com 40 ou 50 anos.
É possível detectar precocemente o câncer de ovário?
Este é um dos maiores desafios da doença. Como os sinais podem ser confundidos com os de muitas outras patologias, geralmente o câncer de ovário só é descoberto quando está em estágio mais avançado.
Muitas mulheres pensam que o Papanicolau, o exame que costuma ser realizado anualmente pelo ginecologista, é capaz de detectar tumores no ovário, mas não é verdade. Ele é voltado apenas para descoberta de câncer de colo de útero e cervical.
Quando há a suspeita de um tumor no ovário, a avaliação inicial pode ser realizada por um ultrassom do abdômen e pelve ou através de uma tomografia computadorizada dos dois órgãos.
É possível evitar o câncer de ovário?
São vários os fatores de risco. Ele é aumentado em mulheres que nunca tiveram filho ou cujas gestações ocorrem após os 30 anos. A menstruação precoce, antes dos 12 anos, e a menopausa tardia, depois dos 52 anos, também podem estar associadas a risco aumentado de câncer de ovário.
O histórico familiar de cânceres de ovário, de mama ou colorretal também tem um impacto, assim como a obesidade a partir do Grau 1. Por isso, é recomendada a prática de exercícios para combater esta doença, entre outras.
Quais os tratamentos mais indicados?
Cada caso é analisado individualmente. Em estágios iniciais, recomenda-se normalmente a cirurgia para retirada do tumor. Se o câncer estiver mais avançado, pode-se aliar cirurgia e quimioterapia ou, em casos mais graves, já com metástase, se optar apenas pela quimioterapia.
Quais as chances de sucesso do tratamento?
Na maior parte das vezes, o câncer de ovário já é detectado no estágio 3 ou 4. Neste último, a sobrevida costuma ser de 20% dos pacientes em 5 anos. Já no estágio 1, é de 80%, uma diferença considerável.