Nos últimos dias, a atriz Carol Protásio, de 47 anos, levantou um tema que ainda gera muito incômodo entre mulheres maduras: a menopausa. No programa “Jojo Nove e Meia”, apresentado pela funkeira Jojo Todynho, a artista desabafou ao público os problemas que está enfrentando e que chegou até a pensar no divórcio. Ela relatou muitas dificuldades no momento da relação sexual e diminuição drástica na libido.
Esse é um problema muito comum para mulheres que atravessam essa fase. Lidar com variações de humor, ondas de calor, distúrbios do sono, ansiedade, diminuição da libido, entre outros sintomas, não é nada fácil. A busca por um tratamento com reposição hormonal tem sido uma das alternativas para aliviar os sintomas desse período. Vamos saber mais sobre esse tratamento? O médico especialista em implantes hormonais, Hugo Gatto, explicou como funciona esse método.
- Apesar de ser cercado por tabus e desinformação, a reposição é a primeira linha de tratamento para menopausa. Todas as mulheres já nascem com uma quantidade determinada de folículos ovarianos. Alguns deles se desenvolvem a cada ciclo menstrual para que o óvulo em seu interior amadureça e possa ser fecundado. Essa reserva ovariana vai diminuindo ao longo do tempo até que ocorre a última menstruação, chamamos de menopausa. Portanto, o tratamento hormonal serve apenas para repor o que o organismo não produz mais, com uma dosagem segura e assertiva – explica o médico.
O especialista destaca ainda, informações importantes que toda mulher deve saber sobre a reposição hormonal:
Tratamento de outros problemas - Com a reposição hormonal, podemos reduzir, por exemplo, os riscos de doenças cardiovasculares, que são frequentes a partir da menopausa. Também diminuímos as chances de a mulher desenvolver osteoporose, um problema comum nesse período da vida.
Como é feito o tratamento? - O tratamento hormonal tem duração de 2 a 5 anos, sendo individualizado para cada mulher, e inclui medicamentos com estrogênios, progestativos e estroprogestativas, que é a combinação de ambos. Ambos podem ser administrados por via oral (comprimidos), sistema intrauterino, percutânea (gel), transdérmica (selo ou adesivo implementados na pele) ou vaginal. No entanto, muitas pacientes ainda apresentam resistência ao tratamento, pois a terapia de reposição hormonal (TRH), quando sintética, pode causar efeitos colaterais, como retenção de líquido, dores de cabeça, dificuldade no controle da glicemia. É indispensável que o médico avalie, pois a reposição de hormônios é contraindicada em alguns casos.
Benefícios – O tratamento conta com benefícios que aliviam os sintomas vasoativos da menopausa, responsáveis pelas ondas de calor, mal-estar e sudorese, além do rejuvenescimento da pele, da ação antidepressiva, redução dos níveis de colesterol, elevação da autoestima, diminuição da secura vaginal, redução do risco de doenças cardiovasculares e osteoporose, além de diminuição também do número de infecções ginecológicas e do trato urinário.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.