Terreiro da Gomeia deve virar polo cultural em Duque de CaxiasDivulgação

Duque de Caxias - Após o tombamento do terreno onde foi o Terreiro da Gomeia, a Prefeitura de Duque de Caxias e diversas entidades da sociedade civil seguem em discussão avançada sobre a desapropriação e o futuro do espaço para destinação cultural. Nesta quinta-feira (05/05), representantes da Adengo (Associação dos Descendentes da Goméia), do INEPAC (Instituto Estadual do Patrimônio Cultural), da Defensoria Pública e da Secretaria Municipal de Cultura e Governo participaram de uma reunião sobre a preservação da memória do lugar.
"O processo andou bastante. Estamos aguardando esse fechamento para a gente usar o espaço e preservar a memória do nosso pai", afirmou Seci Caxi, presidente da Adengo e filha de santo de Joãosinho da Gomeia.
O tombamento do Terreiro da Gomeia, no primeiro distrito de Duque de Caxias, foi aprovado na Assembleia Legislativa do RJ (Alerj), em março de 2021, e também pelo INEPAC em um outro processo. O tombamento visa garantir a preservação da memória e do patrimônio cultural e assegurar a realização de projetos no local. O local funcionou de 1951 até 1971, quando Joãosinho da Gomeia morreu.
Ele foi importante divulgador da religião e fez do terreiro local de destaque, onde recebeu figuras ilustres como o presidente Getúlio Vargas e a rainha Elizabeth II, de quem teria recebido o título informal de Rei do Candomblé.
"Essa reunião com a Prefeitura de Duque de Caxias foi muito boa. Estamos vislumbrando uma real preservação do terreiro da Gomeia", garantiu Leon Araújo, diretor de departamento do INEPAC.