Síndrome Burnout passa a ser considerada uma doença do trabalho Pixabay
Para a CEO e fundadora da Newa Consultoria, empresa especializada na capacitação de líderes e colaboradores que transforma as organizações por meio da Diversidade, Inclusão e Inovação, Carine Roos, a alteração é uma grande vítoria para os trabalhadores. "Muitos adoecem por causa do trabalho exaustivo. Agora as empresas precisam tomar conhecimento disso para além da superfície e tomar medidas efetivas, revendo os processos de trabalho e a segurança psicológica de seus times para que o burnout não se torne algo endêmico no ambiente corporativo que gerenciam”, aponta.
Na visão da advogada, uma boa estratégia para lidar com a nova classificação do Burnout é realizar reuniões entre colaboradores e gestores, dando oportunidade para que aqueles que se sentem sobrecarregados possam expor a situação e solicitar medidas para a resolução do problema.
A Síndrome de Burnout é um problema mundial e exige atenção, sendo muitas vezes difícil de perceber e trazendo consequência não somente para o indivíduo. Segundo a psicóloga do Vera Cruz Casa de Saúde, Roberta Von Zuben,a síndrome traz consequências para "a própria pessoa, seu trabalho e a sociedade”.
Para o indivíduo, explica Roberta, a síndrome representa uma fadiga constante e progressiva, imunodeficiência grande, resfriados e gripes constantes, problemas cardíacos e de pressão alta. Além disso, essa pessoa pode apresentar falta de concentração, alterações de memória, lentificação, sentimento de solidão, impaciência, impotência e outros. Essas características, conta a psicóloga, afetam também a vida social do indivíduo e até mesmo familiar. "Ele passa a ter um distanciamento socioafetivo, não tem mais aquele entrosamento familiar com seu cônjuge, com seus pais ou com seus filhos", destaca.
A síndrome traz ainda consequências para a pessoa no trabalho e, em razão disso, para a própria organização. "A doença impede que a pessoa consiga dar o melhor de si, gerando um desgaste muito grande que, por diversas vezes, leva ao desligamento da empresa”, exemplifica.
- Ter um controle maior do quanto está trabalhando;
- Fiscalizar suas horas extras e solicitar folga quando necessário;
- Respeito à carga horária e impedimento de excesso de trabalho;
- Gestão de tempo e tarefas;
- Qualidade de vida profissional e pessoal, já que ambas caminham juntas;
- Ajuda na otimização da folha de pagamento, tendo em vista que ele facilita a gestão das horas extras e das faltas;
- Evita que haja erros na hora da sua geração;
- Garante que as horas do colaborador sejam pagas corretamente, evitando dores de cabeça para a empresa e para os funcionários;
- Maior transparência na relação entre empresa e colaborador;
- Os RHs das empresas podem se focar em plano de carreira para os funcionários, uma vez que estão mais livres de burocracias, transformando pessoas em histórias;
- Garantia de direitos trabalhistas aos funcionários de forma organizada e automatizada;
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.