São Paulo - Em entrevista a jornalistas na noite deste domingo, a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, anunciou que Jair Bolsonaro, do PSL, está matematicamente eleito para o cargo de Presidente da República. Ele disputava o segundo turno com o petista Fernando Haddad.
Segundo a ministra, o resultado da eleição foi definido às 19h18, com 94,44% das urnas apuradas, momento no qual Bolsonaro atingiu 55,54% dos votos válidos, ante 44,46% de Fernando Haddad.
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Ao confirmar o resultado, a ministra afirmou que as eleições ocorreram "dentro da mais absoluta normalidade", com "intercorrências próprias e esperadas do processo eleitoral em um país com dimensões continentais" como o Brasil.
A presidente do TSE divulgou que 4.333 urnas eletrônicas precisaram ser substituídas, o que corresponde a 0,83% do total. O número foi um pouco superior ao do primeiro turno, quando 4.099 urnas precisaram ser substituídas.
Quatro municípios tiveram voto impresso: Cordislândia (MG), Apuí (AM), Saubara (BA) e Magé (RJ).
"Hoje estamos a dar o último passo dessas três intensas semanas com sabor de muito tempo vivido, que consolidam o trabalho de dois longos anos da Justiça Eleitoral", disse a ministra.
Ocorrências
Na coletiva, Rosa destacou que não houve relato de prisão de candidatos no segundo turno, que registrou 480 ocorrências com não-candidatos, sendo que destas 236 resultaram em prisão. "No primeiro turno, houve 5 prisões de candidatos, além de 144 ocorrências de prisão de não-candidatos", lembrou Rosa, que, ao início da sessão, saudou o papel da imprensa nas eleições. "Sem imprensa livre não há democracia".
Também estavam presentes na coletiva o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, a Advogada-geral da União, ministra Grace Mendonça, a Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, o ministro do TSE e do STF Edson Fachin, o vice-presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, o corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Jorge Mussi, o ministro do TSE Tarcisio Vieira de Carvalho, o presidente da Conselho Federal da OAB, Claudio Lamachia, e o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann.
*Com Estadão Conteúdo