Zona eleitoral em que Crivella votou tem urna quebrada  - Reginaldo Pimenta / Agência O DIA
Zona eleitoral em que Crivella votou tem urna quebrada Reginaldo Pimenta / Agência O DIA
Por Beatriz Perez
Rio - O prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) chegou para votar às 8h50 na Escola Municipal Sérgio Buarque de Holanda, no Condomínio Parque das Rosas, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.
Crivella, que mora no Condomínio Península, a cerca de 3 km da zona eleitoral, chegou acompanhado da esposa Sylvia Jane e do filho Marcelo Hodge Crivella.
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A Escola Municipal Sérgio Buarque de Holanda estava com pouca movimentação durante a manhã, com eleitores, na maioria idosos, conforme recomendação do Tribunal Superior Eleitoral. Uma urna quebrou na zona eleitoral, provocando a irritação de eleitores, que foram orientados a ir para casa e voltarem mais tarde para votar.

O prefeito chegou com um corte na sobrancelha direita e disse apenas que se machucou, sem maiores explicações.
Após votar, Crivella contestou a alta rejeição contra sua candidatura identificadas em pesquisas de intenção de voto.
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"Quando as pesquisas dizem que um candidato tem 60% de rejeição é uma estratégia eleitoral, é uma estratégia política, porque 55% destes são nulos, ou de pessoas que não comparecem para votar. Matematicamente essas rejeições, que nunca vi nas ruas, são um artifício. A matemática permite isso. Está errado? Pode ser que não esteja, mas está longe de ser a verdade", declarou.
O prefeito agradeceu o apoio de Bolsonaro durante a campanha do primeiro turno e ressaltou que o apoio poderia desagradar partidos da base do presidente, como o PSL, que lançou candidatura própria no pleito municipal, com o candidato Luiz Lima.
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"Tem muita gente que diz que o Crivella é incompetente, que o Crivella não fez nada. Olha, o presidente da República mora em Brasília e vai votar no Crivella. Qual a diferença? A diferença é que o presidente não ouve a Globo", declarou o prefeito a jornalistas.
Questionado sobre a declaração de Bolsonaro, que durante uma live disse que Eduardo Paes foi um bom gestor, Crivella disse que o presidente deveria estar mal informado. "Ele chamou de bom gestor porque não tinha informação, né? Eu não estou dizendo que ele está vendo a Globo, mas isso de bom gestor é uma coisa que ele não fez", disse Crivella.


Na chegada à zona eleitoral, recebeu o cumprimento de duas senhoras e o protesto de dois eleitores. Um deles ironizou que gostaria de fazer uma cirurgia de catarata, e perguntou se deveria 'falar com a Márcia', citando episódio de julho de 2018, no qual Crivella, ofereceu facilidades a 250 pastores e líderes evangélicos, ao discursar no "Café da Comunhão", para um mutirão de tratamento de catarata.
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"Quando eu subi tinha um rapaz bravo, dizendo que não ia votar, disse 'fora Crivella', mas encontrei várias senhoras, encontrei uma senhora de 78 anos que disse 'Crivella, estou vindo aqui em homenagem a você, não sou obrigada a votar', realmente quem tem mais de 70 anos não vem, não precisa vir e de 16 a 18 é opcional", relatou.
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Crivella é o segundo colocado nas últimas pesquisas de intenção de voto, com 15% no Datafolha e 14% no Ibope. O atual prefeito amarga a maior taxa de rejeição: 62%, segundo o Datafolha e 59%, de acordo com o Ibope, divulgados na noite de sábado.

Líder nas intenções de voto, o ex-prefeito Eduardo tem o índice de rejeição de 32% no Datafolha e 27% no Ibope, divulgados na noite de sábado.