Reprodução / Redes SociaisJair Bolsonaro (PL) foi sabatina nesta sexta (21)

Sem a presença de Lula, o debate presidencial transmitido nesta sexta-feira pelo SBT, juntamente com CNN, SBT, Estadão/Rádio Eldorado, Terra, Veja e Nova Brasil FM, o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi sabatinado pelos jornalistas do pool por uma hora. Na entrevista, ele enalteceu seu governo e respondeu a perguntas sobre variados temas.
O jornalista Carlos Nascimento, âncora da entrevista, iniciou o programa questionando Bolsonaro sobre seu plano econômico e a possibilidade de Paulo Guedes permanecer à frente do Ministério da Economia. "Paulo Guedes continua, assim como todos os ministros que quiserem. Na Economia, ele tem autoridade, mas nas questões mais estratégicas, a palavra final é minha", garantiu.
Em seguida, o presidente afirmou que a sua política econômica foi impactada pela pandemia e pela guerra da Ucrânia. Bolsonaro defendeu as ações do seu governo no combate à crise, como a expansão dos programas de renda mínima e criação de empregos. Ao ser questionado sobre o orçamento secreto, Bolsonaro negou que a proposta tenha surgido do Executivo e afirmou que o "Parlamento buscou maneiras de participar do Orçamento".
Durante o debate, o mandatário foi indagado sobre quais são os seus planos para manter o valor do Auxílio Brasil em R$ 600 em 2023, em caso de reeleição. Em resposta, Bolsonaro defendeu a proposta do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que a taxação de lucros e dividendos traria recursos suficientes para financiar o Auxílio Brasil em 2023, mas não deu certeza se será de fato eficaz. “Confio no Paulo Guedes, e ele tem achado alternativa para tudo aquilo que ele promete”, declarou. “Com a taxação de lucros e dividendos, será o suficiente para suprirmos essa parte. Caso não seja possível, com toda a certeza, junto com o Parlamento, faremos o mesmo para prorrogar esse benefício no ano que vem”, afirmou.
Bolsonaro foi questionado sobre uma mudança de opinião a respeito da reeleição e se ele apresentaria projetos para dar fim à prática. O candidato respondeu que o que o fez mudar de ideia foi a falta de um nome “com um perfil parecido” com o dele. “Estaríamos entregando o Brasil para o PT, PDT ou PSB. Seria a volta da esquerda”, disse. Para ele, um mandato de cinco anos sem reeleição “seria muito bem-vindo”, se o Congresso levasse adiante a proposta. O candidato do PL ainda chegou a afastar a possibilidade de diminuir a quantidade de parlamentares na Câmara dos Deputados. “Alguns falam até em diminuir o tamanho da Câmara. Eu não posso tocar a mão num vespeiro quando pretendo levar adiante pautas importantes para o nosso Brasil”, afirmou.
No último bloco, a jornalista Clarissa Oliveira, da Revista Veja, perguntou qual a posição do Bolsonaro em relação a normas que punem autoridades e ocupantes de cargos públicos por disseminarem notícias falsas. O chefe do Executivo afirmou que, durante seu governo, articulou na Câmara dos Deputados para reprovar a urgência de um projeto que tinha como proposta tal punição e destacou que qualquer tipo de condenação por disseminação de fake news “não tem amparo legal” atualmente.
Em suas considerações finais, o candidato à reeleição pelo PL, Jair Bolsonaro, convidou seus eleitores para uma "superlive" com a presença de Neymar, Silas Malafaia, Sérgio Moro e líderes religiosos e prometeu que a duração será de 22h. E destacou que o que está em jogo são os costumes e valores familiares.